terça-feira, 2 de julho de 2013

Leia a Coluna da Vera Magalhães, está ótima...

Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha em São Paulo. É jornalista de política desde 1993. Foi repórter da coluna Painel em Brasília e editora do caderno "Poder".
Reforma paralela - Resistente à realização de plebiscito, a base de Dilma Rousseff na Câmara se articula para driblar o calendário do Planalto para a reforma política. O presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), vai propor hoje como plano B a criação de grupo de trabalho para, em 90 dias, apresentar uma reforma que seria submetida a referendo --formato que a presidente rechaça. "Dilma está mal informada sobre a disposição do Congresso para o plebiscito", diz um defensor da alternativa. 
Longo prazo - O mais cotado para coordenar a comissão é Cândido Vaccarezza (PT-SP). Na Câmara, a aposta principal entre os governistas é que a consulta popular só será feita em 2014. 
Na mesa - Ontem, após a reunião ministerial, Alves iria à Granja do Torto para conversar com Dilma. Pretendia expor a alternativa para que a reforma não caia "no vazio'' caso o plebiscito não vingue. 
Baqueou - Aloizio Mercadante (Educação) não foi à reunião de ontem com Dilma. O ministro, que estava com faringite, foi representado por José Henrique Paim, secretário-executivo da pasta. 
Muita calma... Ministros e a cúpula do PT receberam texto de João Santana sobre como reagir à queda de 27 pontos na avaliação da presidente pelo Datafolha. O texto diz que era impossível, após o "terremoto neopolítico'', que não houvesse abalo momentâneo para todos os políticos. 
...nessa hora - Para explicar o declínio maior de Dilma, o marqueteiro escreve que quem ocupa o poder central vira o maior alvo de insatisfações pois, além de ser a "grande autoridade", recebe o "lixo" dos problemas localizados de cada Estado. 
Ansiolítico - O roteiro afirma ainda que não há nenhum líder de oposição ou partido capaz de catalisar a insatisfação popular, o que facilitaria a recuperação. 
Conectado - Silvio Meira, um dos maiores especialistas em tecnologia da informação do Brasil, é o novo assessor especial de Eduardo Campos (PSB). Meira elaborou uma pesquisa sobre o papel das redes sociais nas manifestações de junho. Campos mostrou o estudo a Dilma em reunião da semana passada. 
Buraco - Auxiliares de Geraldo Alckmin (PSDB) ficaram "frustrados" ao constatarem que não entregarão nenhuma nova estação de metrô em 2013. A estação Adolfo Pinheiro, da linha 5-lilás, seria aberta em dezembro, mas sua inauguração só será possível em 25 de janeiro. 
Dominó - A queda da avaliação de Fernando Haddad (PT) se deu exatamente na mesma proporção da perda de popularidade de Dilma na capital paulista. Na cidade de São Paulo, o percentual de eleitores que aprovam o governo da presidente caiu quase pela metade. O mesmo aconteceu com o prefeito. 
Opositor? - Na corrida pelo governo do Rio, Lindbergh Farias (PT) tem seu melhor desempenho entre eleitores que aprovam o governo Sérgio Cabral (PMDB). Ele chega a 22% nessa faixa, mas atinge só 13% entre os críticos de Cabral --grupo que prefere Anthony Garotinho (PR). 
Terceira... Uma dissidência pode embaralhar a formação da CPI dos ônibus na Câmara paulistana. Os governistas contavam com a escolha de Dalton Silvano (PV) para a relatoria da comissão, mas vereadores já identificaram uma movimentação do vereador Milton Leite (DEM) para ficar com o posto. 
...via - O PSDB quer a relatoria para investigar os contratos, mas o PT tenta convencer o tucano Eduardo Tuma a apoiar Silvano. 
com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN
tiroteio
"As PECs 35 e 53 representam tentativa de enfraquecer o MP e o Judiciário, ao minar pilares do Estado Democrático de Direito."
DE ALEXANDRE CAMANHO, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, sobre projetos de rever vitaliciedade de procuradores e juízes. 
contraponto 
Presidente e porta-voz
Dilma Rousseff surpreendeu os jornalistas que aguardavam o fim da reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, ao se submeter a uma entrevista coletiva em que anunciou o que fora discutido até aquele momento.
Procurando mostrar intimidade com os jornalistas, Dilma, que raramente concede entrevistas, disse:
--Façam três perguntas. Mas não aquelas três que se desdobram em cinco, porque esse método eu já conheço.
A petista disse que pretende ser mais acessível''.
--Vou fazer muito quebra-queixo. Não vou dar briefing sempre --disse, recorrendo ao jargão jornalístico.

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