Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha |
●Na base da ameaça - A cúpula do PMDB recebeu
"atônita" recado de emissários do Palácio do Planalto de que, se Renan
Calheiros (PMDB-AL) levar adiante o projeto de Francisco Dornelles (PP-RJ) de
autonomia do Banco Central, o movimento será considerado "ruptura"
com o governo. A mensagem hostil surpreendeu peemedebistas, uma vez que Michel
Temer já havia conversado antes com Renan, a pedido de Dilma Rousseff, para
"baixar a bola" do projeto, com o que o senador teria assentido.
●Meteorologia - Até ontem à tarde, no entanto, Renan ainda demonstrava a
colegas no Senado disposição de colocar o projeto em votação, embora auxiliares
do Planalto afirmem ter recebido recado do senador de que o texto seria
engavetado.
●Devagar - Aécio Neves (PSDB-MG) deve conversar hoje com Dornelles, que é seu
tio, sobre a proposta de autonomia. O presidenciável tucano avalia que mandato
de seis anos para o presidente do BC é tempo demais, mas diz ainda não ter
opinião fechada sobre a matéria.
●Sinais - Aliados do ex-presidente Lula que conversaram com ele sobre a ideia
de dar autonomia ao BC dizem que, na opinião do petista, o efeito da medida
seria apenas "simbólico", uma vez que, na prática, a instituição já
teria independência para agir.
●Torneira - Nos cenários traçados por aliados de Dilma sobre o mau humor do
empresariado com o governo também são levadas em conta as previsões de doações
eleitorais. Um governista fala em "aridez" de recursos.
●Do Leme... Ideli Salvatti recebeu ontem o líder do PR na Câmara, Anthony
Garotinho, que encabeça todas as pesquisas de intenções de voto para o governo
do Rio.
●... ao Pontal - Se dependesse de conselheiros de Dilmae, o ideal, diante do
cenário incerto da sucessão fluminense, seria a presidente ter quatro
palanques: Garotinho, Luiz Pezão, Lindbergh Farias e Marcelo Crivella.
●Trunfo - Na viagem que fará à Alemanha, Eduardo Campos espera anunciar
parceria entre uma empresa brasileira e uma alemã para investimento em
Pernambuco na área metal-mecânica.
●Tempo... Articuladores da pré-campanha de Aécio trabalham para antecipar
para novembro a formalização de sua candidatura ao Planalto. Para os tucanos, a
indefinição está provocando a perda de força na negociação do senador mineiro
com eventuais partidos aliados.
●... perdido - Aécio evita romper o acordo que firmou com José Serra (PSDB)
de que a candidatura do partido só seria oficializada em março, mas seus
aliados preparam um movimento público em defesa da antecipação.
●Bomba... Vice-presidente do PSB, Roberto Amaral ataca, em artigo publicado
no site do partido, economistas que aconselham Marina Silva, aliada de sua
sigla. Para o pessebista, André Lara Resende e Eduardo Giannetti representam
"o campo conservador, que trabalha sob o marco da tragédia do governo
neoliberal de FHC".
●... atômica - Amaral afirma que a eleição de 2014 será marcada por uma
disputa entre conservadores e progressistas. E diz que PSB e PT devem manter
"atuação conjunta no movimento social".
●Na planta - Patrícia Bezerra (PSDB) e outros vereadores de oposição em São Paulo vão estimular
líderes de associações de moradores a ocuparem as galerias da Câmara Municipal
na próxima semana para protestar contra o aumento do IPTU e pressionar o
prefeito Fernando Haddad (PT) a vetar o reajuste.
●com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN - tiroteio
"Lula não conhece limites. Ele diz que Marina e Serra são sombras sobre Eduardo e Aécio. E o eclipse total a que ele submete Dilma?"●DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG) sobre articulações do ex-presidente, que disse durante encontro com senadores que pode voltar em 2018.
"Lula não conhece limites. Ele diz que Marina e Serra são sombras sobre Eduardo e Aécio. E o eclipse total a que ele submete Dilma?"●DO DEPUTADO MARCUS PESTANA (PSDB-MG) sobre articulações do ex-presidente, que disse durante encontro com senadores que pode voltar em 2018.
●contraponto - Mosca na sopa
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falava a jornalistas sobre o projeto que dá autonomia ao Banco Central. Em defesa da proposta, Renan argumentava que a mudança blindaria o Banco Central de eventuais interesses externos e também permitiria melhor condução da política monetária.
Antes de encerrar sua explicação, uma mosca apareceu e começou a rondá-lo. Incomodado com o inseto, Renan interrompeu a fala e brincou:
--Tem uma mosca aqui. Aposto que é uma mosca do Banco Central. Está ouvindo tudo!
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falava a jornalistas sobre o projeto que dá autonomia ao Banco Central. Em defesa da proposta, Renan argumentava que a mudança blindaria o Banco Central de eventuais interesses externos e também permitiria melhor condução da política monetária.
Antes de encerrar sua explicação, uma mosca apareceu e começou a rondá-lo. Incomodado com o inseto, Renan interrompeu a fala e brincou:
--Tem uma mosca aqui. Aposto que é uma mosca do Banco Central. Está ouvindo tudo!
0 comentários:
Postar um comentário