Octávio Costa nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 25 de
junho de 1950. É formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Ufrj/RJ).
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Quando voltou do exílio em 1979, Leonel Brizola trazia na
cabeça o projeto de refundar o Partido Trabalhista Brasileiro, legenda criada
por Getúlio Vargas e herdada por João Goulart. A ideia de resgatar a história
havia sido debatida com companheiros em Portugal e constava da chamada Carta de
Lisboa, com 150 signatários, entre eles dez deputados federais. Os militares,
porém, trataram de sabotar os planos de Brizola. Incentivada pelo general
Golbery do Couto Silva, chefe da Casa Civil do governo João Figueiredo, a
ex-deputada Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio, entrou com processo na Justiça
Eleitoral reivindicando o legado do trabalhismo. No dia 12 de maio de
1980, o TSE deu ganho de causa a Ivete, sepultando o sonho do cunhado
de Jango. Inconformado, Brizola chorou em público, rasgou um papel com as
letras do PTB, mas não entregou os pontos. Quatorze dias depois, fundou o
Partido Democrático Trabalhista (PDT) e voltou à cena política, frustrando o
maquiavelismo de Golbery.
Os tempos são outros e o Brasil vive na plenitude do Estado de Direito. Mas o episódio da criação da Rede Sustentabilidade pela ex-senadora Marina Silva guarda semelhança com a experiência brizolis-ta. Segunda colocada nas pesquisas de opinião para a disputa presidencial do ano que vem, Marina pretendia investir na nova legenda para marcar a diferença com a política hoje praticada no país. Com a sigla independente, ficaria mais afinada com o sentimento de mudança das manifestações de junho. A estratégia era correta, mas enfrentou resistência entre os burocratas que mandam nos cartórios eleitorais. Quase cem mil assinaturas pedindo a criação do partido foram rejeitadas, sem explicações. Curiosamente, os mesmo cartórios inflexíveis com as assinaturas da Rede aceitaram a presença até de mortos no processo do Solidariedade, além do pagamento de R$ 2,00 por assinatura obtida pelos militantes do PROS. Houve, sem dúvida, critérios distintos. Mas a Justiça é cega. O registro oficial exigia 482 mil adesões e a Rede só conseguiu comprovar 440 mil. Seu pedido foi fulminado pelo plenário do TSE, por 6 votos a 1.
Os adversários de Marina reagiramem festa. Houve gente do PT que apressou-se a
afirmar que a eleição do ano que vem, sem a ex-ministra do Meio Ambiente no
páreo, seria um passeio de Dilma Rousseff. A atual presidente não daria nenhuma
chance a Aécio Neves e Eduardo Campos e ganharia fácil no primeiro turno.
Porém, eles confundiram a vontade com a realidade. Sequer esperaram pelo
próximo passo de Marina para concluir que, sem a legenda, ela era carta fora do
baralho. Mas, como Leonel Brizola em 1980, Marina Silva soube transformar o limão
em limonada. Mais
do que isso: mostrou que não é tão ingênua quanto parece. Sua decisão,
eminentemente pessoal, de se filiar ao PSB, do governador Eduardo Campos, pegou
o mundo político de surpresa pela ousadia. "A minha decisão foi de não
ficar carimbada como aquela que tentou criar um partido e foi abatida na pista
e foi atrás de uma sigla de aluguel", afirmou.
Em questão de horas, a ex-ministra se refez da derrota e voltou rapidamente ao jogo da sucessão. Ela é carta de peso e ainda vai dar muito trabalho aos responsáveis pela campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Que fique a lição: a corrida é de longa distância. E não permite comemorações antecipadas.
SOBE E DESCE
Sobe
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que pretende implantar pistas de atletismo oficiais e piscinas olímpicas em todas as capitais brasileiras. Onde já houver, o governo vai construir instalações mais modernas.
Desce
Ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda assinou, discretamente, a ficha de filiação ao PR. Chefe do mensalão do DEM, Arruda teve o mandato cassado e foi o primeiro governador preso.
Os tempos são outros e o Brasil vive na plenitude do Estado de Direito. Mas o episódio da criação da Rede Sustentabilidade pela ex-senadora Marina Silva guarda semelhança com a experiência brizolis-ta. Segunda colocada nas pesquisas de opinião para a disputa presidencial do ano que vem, Marina pretendia investir na nova legenda para marcar a diferença com a política hoje praticada no país. Com a sigla independente, ficaria mais afinada com o sentimento de mudança das manifestações de junho. A estratégia era correta, mas enfrentou resistência entre os burocratas que mandam nos cartórios eleitorais. Quase cem mil assinaturas pedindo a criação do partido foram rejeitadas, sem explicações. Curiosamente, os mesmo cartórios inflexíveis com as assinaturas da Rede aceitaram a presença até de mortos no processo do Solidariedade, além do pagamento de R$ 2,00 por assinatura obtida pelos militantes do PROS. Houve, sem dúvida, critérios distintos. Mas a Justiça é cega. O registro oficial exigia 482 mil adesões e a Rede só conseguiu comprovar 440 mil. Seu pedido foi fulminado pelo plenário do TSE, por 6 votos a 1.
Os adversários de Marina reagiram
Em questão de horas, a ex-ministra se refez da derrota e voltou rapidamente ao jogo da sucessão. Ela é carta de peso e ainda vai dar muito trabalho aos responsáveis pela campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Que fique a lição: a corrida é de longa distância. E não permite comemorações antecipadas.
SOBE E DESCE
Sobe
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que pretende implantar pistas de atletismo oficiais e piscinas olímpicas em todas as capitais brasileiras. Onde já houver, o governo vai construir instalações mais modernas.
Desce
Ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda assinou, discretamente, a ficha de filiação ao PR. Chefe do mensalão do DEM, Arruda teve o mandato cassado e foi o primeiro governador preso.
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