MERCADO DE TURISMO SE PREPARA PARA SUPEROFERTA DE HOTÉIS
APÓS A COPA
Fernando Scheller, Estadão
A preocupação de não fazer feio na Copa do Mundo gerou uma
corrida na construção de hotéis em várias capitais. No entanto, o incentivo –
que partiu de prefeituras e também do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) – pode ter sido ousado demais. Em algumas capitais,
já há o risco de superoferta de hotéis. As unidades que serão entregues até
2014 correm o risco de ficar sem hóspedes depois que as luzes dos estádios se
apagarem e os turistas forem embora. Apesar de haver um consenso no mercado de
que o parque hoteleiro do País está defasado em termos de qualidade,
especialistas no setor de turismo dizem que são poucas as cidades que precisam
realmente de uma grande quantidade de novos hotéis – realidade que só se
aplica, hoje, a São Paulo e Rio de Janeiro. “Um empreendimento só consegue
cobrar tarifas mais altas se tiver uma taxa de ocupação acima de 65%, patamar
que não será atingido em várias capitais brasileiras”, diz Diogo Canteras,
sócio da Hotel Invest. No caso de Belo Horizonte, a Lei 9.952, de 2010,
conhecida como “Lei da Copa”, deu às incorporadoras o direito de duplicar a
área construída em seus terrenos se eles fossem destinados à construção de
hotéis. O resultado foi uma explosão da oferta hoteleira – ao todo, são 46
empreendimentos saindo do papel, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte. Leia
mais no Estadão.
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