INQUÉRITO INDICIA DEZ POLICIAIS MILITARES PELO
DESAPARECIMENTO DE AMARILDO
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Divisão de Homicídios da Polícia Civil
fluminense encaminhou, na noite de desta terça (1º), ao Ministério Público do
Rio, a conclusão do inquérito sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro
Amarido de Souza, de 47 anos. Ele sumiu no dia 14 de julho depois de ser levado
para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
O documento indicia dez policiais militares lotados à época
na UPP , entre eles, o ex-comandante da unidade, major Edson dos Santos. Todos
vão responder pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
O promotor de Justiça, Homero de Freitas, encarregado do caso, disse que vai
oferecer denúncia contra os acusados nos próximos dias.
O advogado da família de Amarildo, João Tancredo, disse que,
ao tomar conhecimento da conclusão do inquérito, ligou para Bete, mulher de
Amarildo, e declarou que não esperava resultado diferente. Segundo ele,
Amarildo foi levado para a sede da UPP, onde foi torturado e morto. "Os
policiais que prenderam Amarildo disseram que depois de ouvi-lo o liberam para
ir para casa na noite de 14 de julho. Inclusive, o major Edson disse que
cumprimentou Amarildo e entregou os documentos a ele". Continue lendo...
O advogado João Tancredo explicou que se Amarildo tivesse
ido para casa, pelo caminho apontado pelos militares, que leva à localidade conhecida
como Dioneia, a câmera instalada
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