VEREADORES APROVAM PLANO DE CARGOS DOS PROFESSORES DO
MUNICÍPIO DO RIO
Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O projeto de Plano de Cargos, Carreiras e
Remuneração (PCCR) dos professores do município do Rio foi aprovado em segunda
discussão por 36 votos a favor e 3 contra. Onze parlamentares de oposição não
compareceram ao plenário para votação. O presidente da Câmara, Jorge Felippe
(PMDB), foi considerado regimentalmente impedido e o seu voto não foi
computado. O projeto seguirá para a sanção do prefeito Eduardo Paes.
A sessão chegou a ser interrompida quando o vereador Leonel
Brizola Neto (PDT) invadiu a mesa da Câmara. Ele foi retirado por assessores da
presidência e os trabalhos foram reiniciados. Antes da votação em segunda
discussão, os vereadores aprovaram o bloco de emendas que integraram o texto
final. Alguns parlamentares de oposição, como o vereador César Maia
(DEM), pediram a votação nominal para que houvesse a identificação dos votos.
Do lado de fora do Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara
Municipal, havia forte tensão de manifestantes em conflito com a Polícia
Militar. Os profissionais de educação contrários à aprovação do PCCR
protestaram. Eles disseram que não negociaram o plano com a prefeitura. Continue lendo...
Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos
Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Gesa Corrêa, manifestantes
foram feridos e dois professores, presos. Gesa disse que a greve dos
professores do município, que começou no dia 8 de agosto, vai continuar. “Nós
aprovamos antes a continuidade da greve. Não vamos aceitar isso. Vamos fazer
uma campanha imensa contra o plano e também contra a violência do governo em
cima da categoria", disse à Agência Brasil após a votação.
A dirigente sindical disse que o Sepe vai analisar que tipo de medida cabível
pode ser adotada contra o plano. “A avaliação da aprovação do plano é a pior possível.
Falta de diálogo e autoritarismo. O governo usou todas as medidas para impedir
a categoria de chegar aqui ao local onde seria a votação. A categoria não vai
recuar. A indignação é muito grande”, disse. (Edição: Fábio Massalli)
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