Renata Giraldi* Repórter
da Agência Brasil
Brasília – O juiz Mario Carroza, do Chile, determinou na
sexta (8) a exumação dos restos mortais do poeta Pablo Neruda, que morreu em
setembro de 1973. A
ordem visa a investigar as causas da morte do poeta. Prêmio Nobel de 1971,
Neruda mantinha posições políticas de oposição ao governo militar. Ele morreu
12 dias após o golpe militar que derrubou o então presidente Salvador Allende.
O governo Allende foi sucedido pelo general Augusto Pinochet (1973-1990).
A data da exumação ainda não foi marcada. As suspeitas sobre
a morte de Neruda contam com o apoio de sua família. O poeta morreu em uma
clínica de Santiago, capital chilena, devido a um câncer de próstata, aos 69
anos. Porém, a Justiça do Chile investiga desde 2011 a possibilidade de que
ele tenha sido envenenado.
Neruda foi enterrado ao lado de sua mulher, Matilde Urrutia,
em Isla Negra, a 120
quilômetros de Santiago. Após a decisão de exumar os
restos mortais de Neruda, houve uma reunião de coordenação comandada pelo
diretor do Departamento de Medicina Legal, Patricio Bustos.
Em nota, a Fundação Pablo Neruda divulgou ontem (8) que
apoia a iniciativa e dará o suporte necessário para que a exumação e os exames
ocorram.
“A Fundação [Pablo Neruda] sempre manifestou a sua
disponibilidade para colaborar com a pesquisa do ministro Carroza e confia que
a perícia será conduzida com o maior respeito e cuidado possível”, diz o
comunicado. Segundo a nota, a Fundação confia que os exames podem esclarecer as
dúvidas a respeito da morte do poeta. (*Com informações da BBC
Brasil e da emissora pública de televisão do Chile, TVN e
a Fundação Pablo Neruda //
Edição: Andréa Quintiere)
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