quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

THE NEW YORK TIMES CRITICA CARNAVAL DA BAHIA COMO MERCANTILISTA E DESIGUAL

CARNAVAL DE SALVADOR ESTÁ MERCANTILIZADO, DIZ CRÍTICO DO NYT
Lucas Cunha – A Tarde
O jornal norte-americano The New York Times publicou nesta quarta-feira, 13, uma matéria sobre o Carnaval de Salvador, que levou o título de "Marchando para a batida africana".
Assinada pelo crítico de música pop do NYT, Jon Pareles, o texto traz como eixo principal a criação do Afródromo, ideia de Carlinhos Brown para um desfile só com blocos afros e também aborda a questão dos blocos com cordas.
"O carnaval de Salvador está cada vez mais mercantilizado, anunciando a desigualdade de renda... Fãs pagam generosamente para dançarem juntos dentro da corda, com seu acesso garantido por um uniforme (abadá), enquanto a multidão de menos privilegiados fica apertada no espaço restante na rua e na calçada", descreve Pareles durante um dos trechos de sua reportagem.
O jornalista ouviu também algumas autoridades sobre a criação do Afródromo, entre elas, o governador da Bahia, Jaques Wagner, que admitiu que o circuito tradicional já está sobrecarregado. "Mas temos que ser muito, muito cuidadosos para não fazer as coisas parecerem com apartheid".
Entre os artistas entrevistados está o músico e ex-ministro Gilberto Gil, que define o atual momento do carnaval de Salvador como "uma questão ideológica, o social contra o privado, o corporativo contra o não-corporativo".
Pareles ainda comentou sobre a estrutura dos camarotes, especialmente aqueles situados no circuito Barra-Ondina. "Acima do tumulto da rua, os camarotes oferecem uma vista da sacada, no nível dos artistas sobre os trios elétricos - próximo o suficiente para fazer contato visual. Os termos classe alta e classe baixa podem tornar-se literais".
O texto completo (em inglês) pode ser lido aqui. ( A Tarde.)

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