VOLUNTÁRIOS DA COPA RECLAMAM DE TRATAMENTO DESIGUAL
Alexandre Lyrio, Correio*
O estudante Roberto Santos Júnior, 19 anos, tem uma semana
que não vê a própria mãe. A professora Karlla Miranda da Costa, 31, desembolsou
mais de R$ 1 mil em passagens de ônibus. O jornalista pós-graduado Diogo
Vasconcelos, 27, vai passar 12 horas em pé apenas apontando o portão de saída.
A guia turística Gisliane Lopes da Silva, 32, vai levar as mesmas 12 horas
proferindo sempre a mesma frase: “Seja bem-vindo, a entrada é por ali”.
Como se vê, essas pessoas têm algo em comum: elas se sacrificam. A questão
é: Pelo que? Aí entra o outro aspecto em comum. Todas vão ter
o mesmo ganho, a mesma vantagem: nenhuma. Pelo menos não financeira. Lucro?
Zero. Os voluntários da Copa das Confederações estão prontos para doar o seu
tempo e sua disposição. No total, em Salvador, serão cerca de 1,5 mil. Mas, no
país das desigualdades, existe uma polêmica divisão entre eles. É que há dois
tipos de voluntários no evento. Os voluntários do Comitê Organizador Local
(Col), com supervisão da Fifa, e os voluntários do programa Brasil Voluntário
(BV), do Ministério dos Esportes. Digamos que os primeiros são a Série A do
voluntariado. Os demais, por sua vez, foram claramente relegados à segunda
divisão. leia mais no Correio*.
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