PADILHA DIZ QUE GOVERNO ESTÁ DESENVOLVENDO MÉTODO DE
AVALIAÇÃO DE MÉDICOS ESTRANGEIROS
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O governo está desenvolvendo um método de
avaliação para os médicos estrangeiros que vierem trabalhar no Brasil, disse
neste sábado(8) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao abrir a Campanha
Nacional de Vacinação contra a Poliomielite em Heliópolis, zona sul paulistana.
“Estamos desenhando o programa. Desenhando o modelo de avaliação desses
médicos, porque nós queremos médicos bem formados, com capacidade de atuar, que
conheçam os problemas de saúde do nosso país."
Segundo Padilha, além do trabalho conjunto com os
ministérios da Educação e das Relações Exteriores, o governo está
mantendo contato com os países que podem enviar os profissionais de saúde. “Nós
mandamos missões para a Espanha, Portugal, o Canadá, a Austrália e a
Inglaterra, que já é uma parceira antiga nossa, para desenhar o programa”,
acrescentou.
Os médicos estrangeiros vão, de acordo com o ministro,
ajudar a suprir uma demanda de 13 mil profissionais para atender as periferias
e o interior. Padilha ressaltou, no entanto, que parte dessa carência já foi
atendida com o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica
(Provab), que incorporou 4 mil profissionais. Com o programa, os médicos
recebem uma bolsa mensal de R$ 8 mil para cumprir 32 horas semanais de trabalho
nas unidades básicas de Saúde e oito horas semanais de curso de pós-graduação
em saúde da família, com duração de um ano.
Esse trabalho de formação de médicos é, segundo o ministro,
a prioridade do governo. “O grande foco que o Ministério da Saúde tem em
primeiro lugar é investir no médico brasileiro, dar mais oportunidades para o
médico brasileiro que queira trabalhar na periferia das grandes cidades e nos
municípios do interior”, disse.
Para isso, Padilha disse que pretende abrir escolas de
medicina nos locais que atualmente têm carência desses profissionais. “Estamos
fechando a proposta de ampliação de vagas de medicina. Uma das questões mais
importantes é dar mais oportunidade para o jovem que nasceu e cresceu na
periferia, no interior, possa fazer uma faculdade de medicina." (Edição:
Andréa Quintiere)
1 comentários:
Seria bastante interessante usar esse mesmo teste para avaliar os médicos formados no Brasil. Uma "exame"como este poder ser usada para proteger o mercado da saúde da concorrência estrangeira e desqualificar a concorrência, basta fazer uma exame impossível de passar. Portanto um teste de proficiência sério teria que ser universal, ou seja, avaliar como anda a preparação da classe médica no país, e, a partir dai, selecionar os médicos dentro da média nacional para atender a população carente. Inclusive tenho minhas dúvidas se muitos médicos que custam uma fortuna ao poder público passariam um tal teste de proficiência.
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