Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha
|
●Reforma paralela - Resistente à realização de plebiscito, a
base de Dilma Rousseff na Câmara se articula para driblar o calendário do
Planalto para a reforma política. O presidente da Casa, Henrique Alves
(PMDB-RN), vai propor hoje como plano B a criação de grupo de trabalho para, em
90 dias, apresentar uma reforma que seria submetida a referendo --formato que a
presidente rechaça. "Dilma está mal informada sobre a disposição do
Congresso para o plebiscito", diz um defensor da alternativa.
●Longo prazo - O mais cotado para coordenar a comissão é Cândido Vaccarezza
(PT-SP). Na Câmara, a aposta principal entre os governistas é que a consulta
popular só será feita em 2014.
●Na mesa - Ontem, após a reunião ministerial, Alves iria à Granja do Torto
para conversar com Dilma. Pretendia expor a alternativa para que a reforma não
caia "no vazio'' caso o plebiscito não vingue.
●Baqueou - Aloizio Mercadante (Educação) não foi à reunião de ontem com
Dilma. O ministro, que estava com faringite, foi representado por José Henrique
Paim, secretário-executivo da pasta.
●Muita calma... Ministros e a cúpula do PT receberam texto de João Santana
sobre como reagir à queda de 27 pontos na avaliação da presidente pelo
Datafolha. O texto diz que era impossível, após o "terremoto
neopolítico'', que não houvesse abalo momentâneo para todos os políticos.
●...nessa hora - Para explicar o declínio maior de Dilma, o marqueteiro
escreve que quem ocupa o poder central vira o maior alvo de insatisfações pois,
além de ser a "grande autoridade", recebe o "lixo" dos
problemas localizados de cada Estado.
●Ansiolítico - O roteiro afirma ainda que não há nenhum líder de oposição ou
partido capaz de catalisar a insatisfação popular, o que facilitaria a
recuperação.
●Conectado - Silvio Meira, um dos maiores especialistas em tecnologia da
informação do Brasil, é o novo assessor especial de Eduardo Campos (PSB). Meira
elaborou uma pesquisa sobre o papel das redes sociais nas manifestações de
junho. Campos mostrou o estudo a Dilma em reunião da semana passada.
●Buraco - Auxiliares de Geraldo Alckmin (PSDB) ficaram "frustrados"
ao constatarem que não entregarão nenhuma nova estação de metrô em 2013. A estação Adolfo
Pinheiro, da linha 5-lilás, seria aberta em dezembro, mas sua inauguração só
será possível em 25 de janeiro.
●Dominó - A queda da avaliação de Fernando Haddad (PT) se deu exatamente na
mesma proporção da perda de popularidade de Dilma na capital paulista. Na
cidade de São Paulo, o percentual de eleitores que aprovam o governo da
presidente caiu quase pela metade. O mesmo aconteceu com o prefeito.
●Opositor? - Na corrida pelo governo do Rio, Lindbergh Farias (PT) tem seu
melhor desempenho entre eleitores que aprovam o governo Sérgio Cabral (PMDB).
Ele chega a 22% nessa faixa, mas atinge só 13% entre os críticos de Cabral
--grupo que prefere Anthony Garotinho (PR).
●Terceira... Uma dissidência pode embaralhar a formação da CPI dos ônibus
na Câmara paulistana. Os governistas contavam com a escolha de Dalton Silvano
(PV) para a relatoria da comissão, mas vereadores já identificaram uma movimentação
do vereador Milton Leite (DEM) para ficar com o posto.
●...via - O PSDB quer a relatoria para investigar os contratos, mas o PT
tenta convencer o tucano Eduardo Tuma a apoiar Silvano.
●com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN
●tiroteio
"As PECs 35 e 53 representam tentativa de enfraquecer o MP e o Judiciário,
ao minar pilares do Estado Democrático de Direito."
DE ALEXANDRE CAMANHO, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, sobre projetos de rever vitaliciedade de procuradores e juízes.
DE ALEXANDRE CAMANHO, presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, sobre projetos de rever vitaliciedade de procuradores e juízes.
●contraponto
Presidente e porta-voz
Dilma Rousseff surpreendeu os jornalistas que aguardavam o fim da reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, ao se submeter a uma entrevista coletiva em que anunciou o que fora discutido até aquele momento.
Dilma Rousseff surpreendeu os jornalistas que aguardavam o fim da reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, ao se submeter a uma entrevista coletiva em que anunciou o que fora discutido até aquele momento.
Procurando mostrar intimidade com os jornalistas, Dilma, que raramente concede
entrevistas, disse:
--Façam três perguntas. Mas não aquelas três que se desdobram em cinco, porque
esse método eu já conheço.
A petista disse que pretende ser mais acessível''.
--Vou fazer muito quebra-queixo. Não vou dar briefing sempre --disse,
recorrendo ao jargão jornalístico.
0 comentários:
Postar um comentário