ROGER PINTO MOLINA DIZ QUE QUER RECONSTRUIR A VIDA NO BRASIL
Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na
Bolívia, o senador de oposição Roger Pinto Molina, de 53 anos, disse no domingo
(25) à Agência Brasil que sonha em reencontrar a família,
reconquistar a liberdade e reconstruir a vida. Sofrendo de cálculo renal e
demonstrando sentimentos que intercalam tristeza e melancolia, Pinto Molina se
disse “muito agradecido” à presidenta Dilma Rousseff e à sociedade brasileira.
“Só tenho a agradecer à presidenta e ao povo brasileiro por compreenderem o que
se passava comigo”.
Para chegar ao Brasil, o senador boliviano enfrentou 21
horas e meia de viagem de carro, saindo de La Paz , a capital boliviana, passando por
Cochabamba, Santa Cruz de La
Sierra , Puerto Soares até chegar à cidade brasileira de
Corumbá (MT). Como está enfrentando um problema renal, ele pediu para o carro
parar por duas vezes, porque teve náuseas e mal-estar. Mas, agora, já em
Brasília, o senador se disse feliz e confiante. A seguir, os principais trechos
da entrevista de Pinto Molina à Agência Brasil. Continue lendo...
Agência Brasil – O que senhor planeja fazer agora que
está no Brasil?
Roger Pinto Molina – Quero reencontrar minha mulher e minhas filhas [elas estão
no Brasil desde o ano passado] e tomar decisões de forma conjunta. Não é fácil
pensar em reconstruir a vida. Mas tenho fé em Deus e confiança, que tudo se
acertará. Sou advogado por formação profissional.
ABr – O senhor se sente seguro agora?
Pinto Molina – Só tenho a agradecer a presidenta Dilma [Rousseff] ao povo e toda a sociedade brasileira por terem compreendido o que se passava comigo. Todos entenderam que havia ausência de justiça e que eu, um senador de oposição, era um perseguido.
Pinto Molina – Só tenho a agradecer a presidenta Dilma [Rousseff] ao povo e toda a sociedade brasileira por terem compreendido o que se passava comigo. Todos entenderam que havia ausência de justiça e que eu, um senador de oposição, era um perseguido.
ABr – Mas o senhor deixou bens, propriedades e uma vida
na Bolívia.
Pinto Molina – Sim, é verdade. Mas a liberdade vale mais do que qualquer bem material. Por isso, estou aqui. Passei 455 dias sem ver a luz do sol e privado da liberdade. A vida sempre encontra alternativas e eu confio nisso.
Pinto Molina – Sim, é verdade. Mas a liberdade vale mais do que qualquer bem material. Por isso, estou aqui. Passei 455 dias sem ver a luz do sol e privado da liberdade. A vida sempre encontra alternativas e eu confio nisso.
ABr – O governo da Bolívia diz que o senhor é acusado
de vários crimes, como desvio de recursos públicos. O que senhor responde a
isso?
Pinto Molina – Todas as acusações são políticas. Não sou um criminoso, nem perseguido pela Justiça do meu país, mas, sim, um perseguido pelo governo [atual] da Bolívia. Essa é a realidade.
Pinto Molina – Todas as acusações são políticas. Não sou um criminoso, nem perseguido pela Justiça do meu país, mas, sim, um perseguido pelo governo [atual] da Bolívia. Essa é a realidade.
ABr – O senhor pensa em um dia voltar à Bolívia?
Pinto Molina – Oxalá isso ocorra mais cedo do que parece. Confio na possibilidade de retornar à Bolívia. Defendo a liberdade e a democracia, e acredito que um dia meu país poderá viver isso plenamente. (Edição: Lana Cristina)
Pinto Molina – Oxalá isso ocorra mais cedo do que parece. Confio na possibilidade de retornar à Bolívia. Defendo a liberdade e a democracia, e acredito que um dia meu país poderá viver isso plenamente. (Edição: Lana Cristina)
0 comentários:
Postar um comentário