Fernando Travaglini. Agência Estado
Em um longo perfil publicado ontem pelo jornal americano The
New York Times, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, é retratado como uma pessoa direta e sem tato, mas também como alguém
que não tem medo de enfrentar o status quo brasileiro. Segundo o perfil, as
ações recentes de Barbosa envolvendo o julgamento do mensalão, além de outros
casos recentes que passaram pelo tribunal, tornaram o ministro do Supremo
objeto de fascínio popular. Ainda assim, em entrevista concedida ao
correspondente da publicação no Brasil, Simon Romero, Barbosa afirmou que seu
temperamento não é o mais adequado para o jogo político. “Eu tenho um
temperamento que não se adapta bem à política. Isso porque eu falo o que eu
penso”, disse Barbosa, personagem do Saturday Profile (perfil de sábado) do
NYT. “Não sou candidato a nada”, reforçou. Com relação à recente acusação que
fez ao colega de STF, Ricardo Lewandowski, de que o magistrado estaria fazendo
“chicana”, Barbosa não se desculpou, ressalta o jornal americano. Ele disse à
publicação que alguma tensão é necessária para o tribunal funcionar
corretamente. “Sempre foi assim”, disse ele, afirmando que os argumentos agora
são apenas mais fáceis de se ver porque os trabalhos do tribunal são
televisionados. (Política Livre)
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