quinta-feira, 19 de setembro de 2013

JATENE NÃO CUMPRE COM O PCCR E PROFESSORES CRUZAM OS BRAÇOS

PROFESSORES DO ESTADO SUSPENDERÃO ATIVIDADES NA SEGUNDA-FEIRA
A partir de segunda-feira (23), 650 mil estudantes da rede pública do Estado ficarão sem aula se a greve anunciada ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) se efetivar. Em assembleia, servidores da rede estadual de educação decidiram pela greve por tempo indeterminado como forma de pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria.
Hoje e amanhã os trabalhadores em educação vão dialogar com as comunidades escolares para explicar o movimento e as causas. Na próxima semana, caso o movimento se efetive, não haverá atividades em mais de 1,2 mil escolas, operadas por 40 mil trabalhadores, professores, merendeiras, vigilantes, técnicos e serviços gerais. No dia 24, terça-feira, será feito um ato público em frente ao Centro Integrado de Governo (CIG).
O coordenador estadual do Sintepp, Mateus Ferreira, explicou que a categoria não quer mais esperar que o Governo do Estado atenda a reivindicações que se arrastam desde 2011. Entre as principais está o cumprimento do plano de cargos, carreiras e remuneração (PCCR). "O Estado se vangloria de ter dado o PCCR, mas não respeita, pois os salários não foram reajustados e nem houve adicionais por escolaridade pagos para quem fez especialização ou mestrado. O passivo é grande", criticou. Continue lendo...
Logo após a assembleia, os professores se dirigiram ao CIG para tentar obter uma imediata resposta para a greve. Uma comissão foi recebida e informada de que o Governo do Estado já estava com uma proposta e que seria apresentada em breve.
Na pauta social do Sintepp também consta a reforma e estruturação das escolas paraenses. Além dos 3% de escolas que o governo anuncia não terem iniciado o segundo semestre, o Sintepp recebe queixas diárias de escolas que não apresentam as mínimas condições estruturais e pedagóicas para o desenvolvimento das atividades.
SECRETÁRIO AMEAÇA "ATRASAR" NEGOCIAÇÃO CASO PARALISAÇÃO OCORRA
Ontem à tarde, o secretário Especial de Promoção Social, Alex Fiúza de Melo, e a secretária de Estado de Administração, Alice Viana, receberam, no Centro Integrado de Governo (CIG), uma comissão de professores. Uma nota divulgada pelo Governo do Estado informou que os manifestantes danificaram um dos portões de acesso ao CIG.
"Não se radicaliza quando existe diálogo e conquistas, como está acontecendo. Estamos com propostas prontas para apresentar a partir da semana que vem, ao próprio sindicato, como havíamos acordado", frisou Alex Fiúza de Melo. O secretário também ressaltou que, devido à possibilidade de greve na segunda-feira, o governo pode adiar o início da rodada de negociação. "Teremos que avaliar, porque uma coisa é você negociar com parceiros, que juntos estão tentando superar um problema. Outra coisa é negociar com um sindicato que rompeu a negociação. "Se a greve for deflagrada, nós seremos obrigados a parar e rever o processo, elaborar novos calendários, ver o que acontecerá com as escolas, e isso será um atraso para o que já estava pronto para ser oferecido à categoria", ressaltou Alex Fiúza. (Amazônia – ORM)

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