PROFESSORES DO ESTADO SUSPENDERÃO ATIVIDADES NA
SEGUNDA-FEIRA
A partir de segunda-feira (23), 650 mil estudantes da
rede pública do Estado ficarão sem aula se a greve anunciada ontem pelo
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) se efetivar.
Em assembleia, servidores da rede estadual de educação decidiram pela greve por
tempo indeterminado como forma de pressionar o governo a atender as
reivindicações da categoria.
Hoje e amanhã os trabalhadores em educação vão dialogar com
as comunidades escolares para explicar o movimento e as causas. Na próxima
semana, caso o movimento se efetive, não haverá atividades em mais de 1,2 mil
escolas, operadas por 40 mil trabalhadores, professores, merendeiras,
vigilantes, técnicos e serviços gerais. No dia 24, terça-feira, será feito um
ato público em frente ao Centro Integrado de Governo (CIG).
O coordenador estadual do Sintepp, Mateus Ferreira, explicou
que a categoria não quer mais esperar que o Governo do Estado atenda a
reivindicações que se arrastam desde 2011. Entre as principais está o
cumprimento do plano de cargos, carreiras e remuneração (PCCR). "O Estado
se vangloria de ter dado o PCCR, mas não respeita, pois os salários não foram
reajustados e nem houve adicionais por escolaridade pagos para quem fez
especialização ou mestrado. O passivo é grande", criticou. Continue lendo...
Logo após a assembleia, os professores se dirigiram ao CIG
para tentar obter uma imediata resposta para a greve. Uma comissão foi recebida
e informada de que o Governo do Estado já estava com uma proposta e que seria
apresentada em breve.
Na pauta social do Sintepp também consta a reforma e
estruturação das escolas paraenses. Além dos 3% de escolas que o governo
anuncia não terem iniciado o segundo semestre, o Sintepp recebe queixas diárias
de escolas que não apresentam as mínimas condições estruturais e pedagóicas
para o desenvolvimento das atividades.
SECRETÁRIO AMEAÇA "ATRASAR" NEGOCIAÇÃO CASO
PARALISAÇÃO OCORRA
Ontem à tarde, o secretário Especial de Promoção Social,
Alex Fiúza de Melo, e a secretária de Estado de Administração, Alice Viana,
receberam, no Centro Integrado de Governo (CIG), uma comissão de professores.
Uma nota divulgada pelo Governo do Estado informou que os manifestantes
danificaram um dos portões de acesso ao CIG.
"Não se radicaliza quando existe diálogo e conquistas,
como está acontecendo. Estamos com propostas prontas para apresentar a partir
da semana que vem, ao próprio sindicato, como havíamos acordado", frisou
Alex Fiúza de Melo. O secretário também ressaltou que, devido à possibilidade
de greve na segunda-feira, o governo pode adiar o início da rodada de
negociação. "Teremos que avaliar, porque uma coisa é você negociar com parceiros,
que juntos estão tentando superar um problema. Outra coisa é negociar com um
sindicato que rompeu a negociação. "Se a greve for deflagrada, nós seremos
obrigados a parar e rever o processo, elaborar novos calendários, ver o que
acontecerá com as escolas, e isso será um atraso para o que já estava pronto
para ser oferecido à categoria", ressaltou Alex Fiúza. (Amazônia – ORM)
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