Montagem: Espalha Brasa |
MPE FLAGRA CRIANÇAS DISPUTANDO COMIDA COM URUBUS EM LIXÃO
Promotores de Justiça do Núcleo Cível de Parnaíba, no Piauí,
flagraram crianças trabalhando no lixão da cidade, localizado na BR-402, ontem.
Segundo o promotor Cristiano Peixoto, uma inspeção constatou o trabalho
infantil além de danos ao meio ambiente. 'Podemos observar que crianças estão
vivendo em um ambiente insalubre, correndo sérios riscos de contraírem
doenças', disse.
Ainda de acordo com o promotor, um dos casos mais graves foi
o de uma mãe que levou os quatro filhos ao lixão. 'Quando chegamos ao lixão
percebemos uma mulher com os quatro filhos disputando alimento com os urubus.
Eles vivem em condições absurdas, sem o mínimo de higiene', relatou.
O promotor determinou o cadastramento das pessoas que vivem
nesse local e das crianças que foram encontradas trabalhando. 'Assim que o
Conselho Tutelar enviar o relatório com os dados das famílias, serão tomadas
providências para a retirada delas do local. Já sabemos que essas pessoas
recebem o benefício do programa Bolsa Família, então o lugar dessas crianças é
na escola', pontuou o promotor.
Para a conselheira tutelar Aradir Rodrigues, o poder público
precisa tomar uma providência urgente. 'Temos que fazer alguma coisa e rápido.
Estamos enviando um relatório para a promotoria e logo em seguida será
realizada uma nova reunião na quarta-feira (30) para decidir o que fazer',
contou Rodrigues.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Parnaíba, que por
meio da Secretaria de Serviços Urbanos e Defesa Civil informou que já está
sendo feito um estudo para a construção de um novo aterro sanitário, que ficará
localizado a cerca de 20
quilômetros da área urbana.
Sobre a atual situação do aterro de Parnaíba, o secretário
Paulo Meireles informou que se tratar de um aterro controlado e que a
prefeitura mantém vigilância permanente no local. 'No entanto, nós trabalhamos
com pessoas e há falhas, mas nós temos procurando aprimorar essa segurança para
não permitir a entrada de pessoas no aterro. A prefeitura tem feito um trabalho
permanente junto com a Associação de Catadores para conscientizar essas
famílias que moram em bairros próximos de lá, mas há essas falhas', disse. (Amazônia
– ORM)
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