Prédio da Seduc na rodovia Augusto Montenegro - Foto Diário do Pará |
PROFESSORES EM GREVE PASSARAM A NOITE NO LOCAL E DEVEM FAZER
ASSEMBLEIA HOJE PARA DECIDIR SE AÇÃO CONTINUA
Em greve há mais de 30 dias, os professores da rede estadual
de ensino estadual decidiram praticar atos mais radicais para chamar a atenção
do governo e da sociedade. Anteontem fecharam a Alça Viária, no final da manhã
de ontem ocuparam a sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na
rodovia Augusto Montenegro. Os grevistas dizem que pretendem reabrir canais de
negociação com o governo do Estado, que afirma ter atendido todas as
reivindicações possíveis da pauta. Os manifestantes permaneceriam no prédio
durante a noite e uma assembleia hoje deve decidir se a ocupação continua.
A "Marcha da Educação" teve início na manhã de
ontem, na praça do Operário, como mais uma ação do movimento grevista dos
educadores. Quando a passeata chegou à sede da Seduc, ato público realizado em
frente ao órgão se transformou em ocupação, no final da manhã. Muitos
professores armaram barracas e providenciaram quentinhas para o almoço.
"Nosso objetivo principal é retomar a negociação. Passaremos a noite aqui
e esperamos uma posição do governo", informou Silvia Letícia, coordenadora
do Sintepp.
Apesar de a ocupação ter sido considerada pacífica e
ordeira, a Seduc registrou um boletim de ocorrência, alegando danos ao
patrimônio público, pois, de acordo com funcionários, no momento da ocupação, o
servidor da rede de computadores da secretaria foi danificado, deixando o órgão
sem acesso à internet. Uma equipe do Instituto de Perícias Científicas Renato
Chaves periciou o item ainda ontem. O desligamento brusco da central pode ter ocasionado
danos ao banco de dados e aos sistemas acadêmico, financeiro e administrativo. Continue lendo...
Alguns pontos da pauta da categoria ainda não foram aceitos
pelo governo, como o pagamento do retroativo salarial, referente ao ano de 2001
- uma das principais exigências do movimento; regulamentação do sistema modular
e dos trabalhadores em educação que não fazem parte do magistério; além da
regulamentação da jornada de trabalho, com garantia de um terço para
desenvolvimento de qualificação para o professor.
Porém, de acordo com o secretário adjunto de Ensino da
Seduc, Licurgo Brito, cinco dos seis pontos apresentados na pauta de
reivindicação da categoria já foram atendidos. "Estamos garantindo
conquistas e reafirmando a ausência de qualquer tipo de perdas nas propostas
apresentadas aos professores. O único ponto pendente é o pagamento do
retroativo do piso salarial, e estamos dispostos a negociar essa pendência,
desde que os professores retomem as atividades e as aulas voltem à
normalidade", ressaltou. (Amazônia – ORM)
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