O concurso público para ingresso na Polícia Militar,
realizado em 2012, segue indefinido. Cerca de 60 candidatos do certame fizeram
um protesto, na manhã de ontem, em frente à Secretaria de Estado de
Administração (Sead), no bairro do Marco, para reivindicar o andamento do
concurso. Há três meses os aprovados na primeira fase aguardam pela divulgação
do resultado do exame médico. Sead culpa os recursos para ampliação do prazo
para entrega dos exames, impetrados por candidatos que não conseguiram fazê-lo
em tempo hábil.
Os manifestantes portavam faixas, cartazes exigindo
celeridade na conclusão do concurso. Muitos deles usavam narizes de palhaço e
questionavam a legalidade da situação. "O edital do concurso não apresenta
sequer um cronograma, isso já é irregular. A Sead adia o prazo para divulgação
do resultado a cada quinzena. Isso é um desrespeito para conosco",
queixou-se o candidato Anderson Siqueira, de 25 anos, que precisou trancar a
faculdade para poder arcar com os altos valores dos exames médicos exigidos
pelo governo. Cada candidato gastou entre R$ 2 mil e R$ 3 mil para conseguir
realizar essa etapa do certame.
O custo, até agora sem retorno, não é a única queixa dos
candidatos. Muitos deles decidiram deixar seus empregos para dar dedicação
total ao concurso, quando foram aprovados na primeira fase. "Eu estou
tirando serviço como mototaxista para segurar as pontas enquanto o concurso não
chega à sua conclusão. Já deveríamos estar começando o trabalho e ainda estamos
aguardando resultado da segunda fase", disse Fábio Lima, de 24 anos. De
acordo com os manifestantes, a Sead já adiou esse listão cerca de cinco vezes.
A Secretaria de Estado de Administração (Sead) e a
Procuradoria Geral do Estado (PGE) informaram, por meio de nota, que
"aguardam as decisões do Tribunal de Justiça do Estado em quatro liminares,
concedidas por desembargadores aos candidatos do concurso da Polícia Militar
que pedem a prorrogação de prazos para a realização dos exames de saúde."
Por serem essas liminares concedidas por desembargadores, só
podem ser suspensas por outros desembargadores ou pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), o que impediria o Estado de adotar qualquer medida no sentido de
prosseguir com o certame. Ainda de acordo com a nota "o cronograma do
concurso e suas etapas estão divulgadas no edital. Não é uma exigência divulgar
datas, até por conta desse tipo de situação que impede o Estado em dar
prosseguimento no certame." (Amazônia – ORM)
0 comentários:
Postar um comentário