OAB-RJ DENUNCIA PRESENÇA DE POLICIAIS SEM IDENTIFICAÇÃO NO
ENTORNO DO MARACANÃ
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Representantes da Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) que acompanharam a manifestação
de domingo (30) nos arredores do Estádio do Maracanã denunciaram a presença de
homens da Polícia Militar (PM) que usavam fardas sem identificação durante o
protesto.
Segundo o advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos
Humanos da OAB-RJ, a entidade filmou alguns dos policiais sem o nome na farda e
vai questionar o fato no Comando da Polícia Militar. “É perigoso [haver] uma
pessoa com uma arma, um fuzil, em nome do Estado, sem que se saiba quem é essa
pessoa. Filmamos tudo e vamos questionar isso com o Comando da PM para que não
haja truculência por parte deles.”
Rodrigo Mondego lembrou que o direito de manifestação foi
garantido pelos órgãos do Estado. Ele lembrou que, embora questionável
constitucionalmente, a Lei Geral de Copa determina um perímetro de segurança de
2 quilômetros
ao redor dos estádios. “Ainda assim, os manifestantes puderam chegar a até 500 metros do Maracanã.” Continue lendo...
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Marcelo Freixo (PSOL), disse
que o problema da falta de identificação é antigo. “Não é a primeira vez que
isso acontece. Muitas vezes, [policiais] colocam o colete sem identificação,
mas isso é proposital, porque há como colocar a identificação sobre o colete.
Quando se esconde a identificação, talvez a intenção não seja das melhores”,
disse Freixo, que espera providências do Comando da PM.
A assessoria de comunicação da PMRJ informou, por e-mail,
que a corporação não recebeu nenhum vídeo da OAB e que também não foi informada
da denúncia. Segundo a assessoria, todos os policiais trabalham identificados
no fardamento, mas, quando usam capas nos coletes balísticos, que têm lugar
para a identificação, alguns não têm "esse aparato".
De acordo com o Comando da PM, três policiais ficaram
feridos no confronto da noite de ontem (30), um, por coquetel molotov, e dois
atingidos por pedradas na cabeça. Ao todo, 17 coquetéis molotov foram
encontrados no entorno do Maracanã. O esquema de segurança para a final da Copa
das Confederações incluiu 6 mil policiais militares, distribuídos no interior
do estádio, no entorno e no controle de acesso dos torcedores, além de 100
viaturas. No final do evento, mais 500 policiais foram mobilizados para
reforçar a segurança na saída do estádio.
A Defensoria
Pública do Estado do Rio de Janeiro, que acompanhou as manifestações
informou, em nota, que denúncias de abusos cometidos por agentes estatais podem
ser encaminhadas ao Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, pelo telefone 129,
das 9h às 18h, nos dias úteis. (Edição: Nádia Franco)
1 comentários:
NELSON,
A OAB E ALGUÉM DOS DIREITOS HUMANOS NÃO VAI SE POSICIONAR SOBRE A MORTE DO PEQUENO BRAYAN, GAROTO BOLIVANO MORTO POR UM " DIMENOR" COM UM TIRO NA CABEÇA??
CHAGUINHA
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