EMPRESÁRIA DENUNCIA DELEGADO POR RECEBER PROPINA
Cansada de ser roubada dentro da própria casa, no município
de Marituba, Região Metropolitana de Belém, a empresária Wiviane Gomes Cardoso,
30 anos, colocou uma câmera filmadora próximo à porta de entrada da casa dela,
para aguardar os assaltantes na noite do último sábado (13/10). “Já sabendo que
eles iam voltar, coloquei a câmera e fiquei aguardando eles. Assim que eles
entraram e me viram, um deles me agrediu e depois os dois fugiram”, contou a
empresária, que fez a ocorrência apenas na manhã de ontem (14/10).
Quando saiu de casa, Wiviane encontrou um dos acusados,
chamou uma guarnição da Polícia Militar e conseguiram capturar os quatro
suspeitos do roubo. Evleson Souza Santos, 20, Jean Barros Pereira, 19, Lucia
Gomes de Souza e Wangela Barros Pereira (irmã de Jean). “As duas mulheres
apenas interceptavam os roubos”, conta o aspirante Rodrigues, do 21º Batalhão
da PM. Continue lendo...
Segundo a empresária, no momento em que foi fazer a
ocorrência na Seccional de Marituba, ela disse ter visto o que considerou
descaso na abordagem do delegado de plantão. “Ele fez pouco caso. Disse que não
era flagrante e que todo o procedimento ia demorar. Fui para casa almoçar
enquanto os quatro estavam detidos na seccional. Então, recebi a ligação de uma
tenente dizendo que uma das receptadoras já tinha sido liberada, e que a mesma
afirmava ter pago mil reais ao delegado para ele libertá-la”, explicou Wiviane,
que ainda na noite de segunda-feira (14/10) prestou queixa na Delegacia de
Crimes Funcionais (Decrif).
Em nota, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil
informou que “a Divisão de Crimes Funcionais (Decrif) da Polícia Civil
investiga a denúncia contra o delegado José Odon Muniz, lotado na Seccional de
Marituba. A investigação iniciou após a comunicação do fato à corregedoria
desta instituição, na noite da última segunda-feira”.
A nota diz ainda que “até o momento os dois policiais
envolvidos na denúncia não foram localizados e não prestaram esclarecimentos à
corregedoria”.
O caso está sendo investigado pela Decrif e foi denunciado
depois que uma tenente da Polícia Militar encontrou a mulher acusada de
receptação na rua e ela confessou que foi liberada mediante pagamento de R$ 1
mil ao delegado. A reportagem do DIÁRIO também não conseguiu contato com o
delegado nem com o escrivão. (Diário do Pará)
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