PRESIDENTE DO STF É O GRANDE HOMENAGEADO NO CARNAVAL DESTE
ANO
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Joaquim Barbosa, é o líder, disparado, na preferência por
máscaras fabricadas para o carnaval deste ano por uma tradicional fábrica
localizada em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Fundada
em 1958 pelo artista plástico e professor de escultura da Universidade de
Barcelona, Armando Valles, a Condal produz em média 300 mil máscaras e 300 mil
fantasias por ano.
Segundo informou nesta terça (5) à Agência Brasil a
viúva de Valles, Olga Gibert Huch, que comanda a empresa, foram produzidas 25
mil máscaras de Joaquim Barbosa. O número só é inferior ao de máscaras do
terrorista Osama Bin Laden, com mais de 40 mil unidades confeccionadas de
setembro de 2001, quando ocorreu o atentado às Torres Gêmeas do World Trade
Center, em Nova York, Estados Unidos, até o carnaval do ano seguinte.
Neste ano, além de Joaquim Barbosa, há pedidos de máscaras
da presidenta Dilma (5 mil unidades) para todo o Brasil. O ex-ministro chefe da
Casa Civil, José Dirceu, também motivou um número significativo de pedidos.
Olga destacou que a procura costuma aumentar quando é ano de eleição ou quando
ocorre algo especial. Foi o caso do atentado terrorista nos Estados Unidos, em
setembro de 2001. Continue lendo...
Ela observou que no Brasil as máscaras são usadas “mais como
elogio do que como protesto”. De modo geral, “dos políticos queridos", a
fábrica faz entre 5 mil e 7 mil unidades. Segundo Olga, mesmo as máscaras de
parlamentares não muito conhecidos da população têm saída. A disputa pela
presidência do Senado motivou pedidos de máscaras do senador Renan Calheiros,
mas não houve tempo para atender aos pedidos. Olga explicou que só a criação de
um protótipo de máscara demora cerca de uma semana. “Está muito em cima [do
carnaval]”.
No primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, a fábrica
vendeu entre 20 mil e 25 mil máscaras dele, no carnaval de 2003. Depois da
eleição da presidenta Dilma Rousseff, foram vendidas 28 mil máscaras, metade
dela, metade do humorista Tiririca, o atual deputado Francisco Everardo
Oliveira Silva, que recebeu 1,3 milhão de votos na eleição de 2010.
Outro político que concentrou grande quantidade de pedidos
de máscaras foi o ex-presidente nacional do PTB, o deputado cassado Roberto
Jefferson, que em 2005 denunciou a prática de compra de votos na Câmara, que
ficou conhecida como mensalão. (Edição: Tereza Barbosa)
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