COSANPA FECHA MAIS 3 LAVA A JATOS CLANDESTINOS. META É
COMBATER DESPERDÍCIOS.
A quantidade de água tratada que um lava a jato irregular
utiliza em um mês é o suficiente para abastecer 10 residências, segundo a
engenheira Cleide Ferreira, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). O
órgão interditou, ontem, mais três lava a jatos que funcionavam
clandestinamente. A ação ocorreu na travessa Lomas Valentina entre avenida João
Paulo II e passagem Pio X, no bairro do Marco. Com o objetivo de combater o
desperdício de água, cerca de 35 estabelecimentos ilegais foram fechados este
ano.
Cleide Ferreira, que também é gestora da Unidade Norte
(Uninorte) da Cosanpa, alegou que todos os três proprietários já tinham sido
notificados e não tomaram providências para legalizar a situação junto à
empresa. Pela proibição do uso de água tratada para lavagem de veículos, é
exigida a utilização de poço artesiano ou freático, dependendo da profundidade.
Carlos Rodrigues, 65, é o dono de um dos lava a jatos interditados e possuía
cadastro como estabelecimento comercial na Cosanpa. Continue lendo...
"Quando eu me cadastrei, há 15 anos, informei que seria
um lava a jato e aceitaram, sem falar sobre a necessidade do poço. Tenho o
medidor e não atraso minhas contas, só queria ter tido a chance de
negociar", afirmou. O lava a jato fica na calçada e atende em média cinco
carros por dia, com três lavadores. A faixa do consumo pago por Carlos era de
R$ 250, e segundo ele, era alto para o pouco movimento no ponto de lavagem. A
gestora da Uninorte garantiu que ele foi notificado em 8 de abril, mas se negou
a assinar a documentação.
Para Carlos, o prejuízo vai ser grande, pois a última conta
chegou nesta semana e ele não vai ter como pagar com o lava a jato parado. No
segundo estabelecimento, que também funcionava há 15 anos, a dívida chega a R$
7 mil. No entanto, o abastecimento de água já estava interrompido há oito anos
e tanto os moradores quanto os trabalhadores usavam água de poço. O
fornecimento foi cortado em todos os estabelecimentos, assim como foram
desativadas as ligações clandestinas da Cosanpa. (Amazônia – ORM)
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