DILMA INDICA LUÍS ROBERTO BARROSO PARA O SUPREMO
Luana Lourenço e Débora Zampier - Repórteres da Agência
Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff indicou hoje (23) o
advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal
Federal (STF). Barroso vai ocupar a vaga do ex-ministro Carlos Ayres Britto,
que deixou o tribunal em novembro de 2012. O anúncio foi feito há pouco pela
Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, após
reunião entre Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O novo ministro do STF é professor de direito constitucional
e procurador do estado do Rio de Janeiro. “O professor Luís Roberto Barroso
cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo
da magistratura do país”, diz nota divulgada pela Presidência.
A indicação de Barroso será encaminhada nas próximas horas
ao Senado Federal, onde o futuro ministro passará por sabatina.
Barroso é o quarto indicado por Dilma para o Supremo
Tribunal Federal – os três primeiros indicados por ela foram os ministros Luiz
Fux, Rosa Weber e Teori Zavascki.
Luís Roberto Barroso é natural de Vassouras (RJ) e se formou
na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ele advoga desde 1981 e é
especialista em direito constitucional. Seu nome já havia sido cotado para o
Supremo. Em diversos julgamentos, especialmente os ligados a temas socais, os
ministros costumam fazer referência a suas ideias para fundamentar decisões.
Barroso ganhou projeção nacional devido à atuação no Supremo
em vários processos de repercussão. Ele defendeu o ex-ativista político
italianoCesare Battisti, as uniões estáveis homoafetivas, as pesquisas com
células-tronco embrionárias, a interrupção da gestação de fetos anencéfalos e a
proibição do nepotismo. Em todos esses casos, as teses de Barroso saíram
vitoriosas.
Recentemente, na condição de procurador do estado do Rio de
Janeiro, conseguiu que o STF suspendesse os efeitos da Lei dos Royalties, que
estabeleceria novo regime de partilha dos valores obtidos pela exploração de
petróleo e gás natural. (Edição: Nádia Franco)
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