sexta-feira, 24 de maio de 2013

Leia a Coluna da Vera Magalhães, está ótima...

Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha em São Paulo. É jornalista de política desde 1993. Foi repórter da coluna Painel em Brasília e editora do caderno "Poder".
ESTREIA NA FOGUEIRA - Com a decisão de Joaquim Barbosa de deixar para agosto a análise dos embargos de declaração do mensalão, crescem as chances de que Luís Roberto Barroso, indicado ontem ministro do STF, participe dessa etapa. A corte ainda vai decidir se haverá revisor dos embargos. O regimento diz que não. Se não houver, Barroso será o primeiro a votar, depois do relator Joaquim Barbosa, nas mais de 2.000 páginas de recursos apresentadas pelos advogados às 60 mil páginas do acórdão. 
Em frente - Em meio à polêmica entre Congresso e STF, integrantes do STF dizem que Dilma escolheu alguém que sempre defendeu mais poderes à corte. "É um passo favorável ao ativismo judicial", diz um membro da corte. 
Foro íntimo - Como o STF ainda terá de julgar a ação contra a redistribuição dos royalties do pré-sal, há dúvida sobre se Barroso, que deu parecer para o governo do Rio, vai se declarar impedido. A decisão de atuar ou não no julgamento é pessoal. 
Vespeiro 1 - Barroso também já opinou contra o poder de investigação do Ministério Público, outra questão que caberá ao STF arbitrar.
 Vespeiro 2 - Na sabatina no Senado, o tema deve ser abordado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), que é procurador da República. A maioria dos senadores é favorável a reduzir o poder do Ministério Público. 
Gestos - A presidente telefonou para Michel Temer para comunicar da indicação do substituto de Ayres Britto. José Eduardo Cardozo (Justiça) telefonou para o presidente do STF, Joaquim Barbosa, e para Ricardo Lewandowski. 
Ganha e perde - O titular da Justiça prevaleceu na escolha. Cardozo foi o único ouvido por Dilma para bater o martelo. Luiz Fachin, outro finalista, tinha torcida de Luís Inácio Adams (AGU), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações). 
Novela - Com a saída do tributarista Heleno Torres do páreo, após vazamento de reunião dele com Dilma, a disputa voltou à estaca zero. Além de Cardozo, o ex-deputado Sigmaringa Seixas e o secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, defenderam o nome de Barroso. 
Calculadora - Com o aumento da tarifa de ônibus, a prefeitura prevê cobrar entre R$ 144 e R$ 160 pelo Bilhete Único Mensal. A promessa do prefeito Fernando Haddad citava R$ 140, mas com base na tarifa atual. A definição deve acontecer em novembro. 
On-line - O censo do PSB com os diretórios municipais de SP sobre o apoio à candidatura de Eduardo Campos será via internet. Delegados responderão no site da sigla para agilizar o resultado, mostrar que ele tem apoio e não desistiu de concorrer. 
Aliança - O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), conversou com Campos sobre a ideia de o deputado Márcio França (SP) ser vice de Alckmin em 2014. Segundo aliados, o governador de PE encampou o pleito. 
Mapa - O Planalto computou 52 assinaturas do PMDB a favor da CPI da Petrobras. Temer telefonou para o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para pedir que a comissão não saia. 
Visitas à Folha - José Roberto Maciel, vice-presidente do SBT, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava com Marcelo Parada, diretor nacional de jornalismo da emissora. Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Samuel Figueiredo, assessor de imprensa. 
com ANDRÉIA SADI e LUIZA BANDEIRA 
tiroteio - "Se a moda pega, Alckmin vai ter que criar novas secretarias para abrigar partidos aliados no Palácio dos Bandeirantes."
DO DEPUTADO ESTADUAL LUIZ CLAUDIO MARCOLINO (PT-SP), sobre o ingresso do PRB no governo estadual em troca de apoio à reeleição do tucano em 2014. 
contraponto - Direto ao ponto - Luís Roberto Barroso discursava em formatura de alunos da Uerj, no Rio, quando viu que se alongava. O agora indicado ao STF resolveu parar por ali, lembrando que o discurso de posse de Barack Obama teve 20 minutos.
-- Tenho passado a vida assombrado desde que li o seguinte: George Washington fez o menor discurso de posse na história americana, com apenas 133 palavras. William Henry Harrison fez o maior, com 8.433.
E concluiu, arrancando risos dos formandos:
--Ele morreu um mês depois, de gripe. Creio que seja a maldição que recai sobre quem fala além do seu tempo!

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