MINISTÉRIO ANUNCIA VINDA DE 4 MIL MÉDICOS CUBANOS ATÉ O FIM
DO ANO
Aline Leal Valcarenghi - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta (21)
que até o final do ano, 4 mil médicos cubanos vão chegar ao Brasil para atuar
nas cidades que não atraírem profissionais inscritos individualmente no Mais
Médicos. Na segunda-feira chegam 400 profissionais, que vão passar pelo mesmo
processo de avaliação dos médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação do
diploma inscritos na primeira etapa do programa.
Nem o Ministério da Saúde, nem a Organização Pan-Americana
da Saúde (Opas), que vai intermediar o acordo com o governo cubano, sabem dizer
quanto estes profissionais vão receber pelo trabalho. "O ministério passa
o mesmo valor unitário e é a Opas que vai fazer a negociação com Cuba",
disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acrescentando que o acordo é
entre a Opas e Cuba. O ministro ressaltou que os médicos vão suprir a demanda
de parte dos 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico na
primeira edição do programa.
As duas instituições informaram também que é o governo de
Cuba que decide se os profissionais vão poder trazer sua família para o Brasil.
O ministro ressaltou que, assim como com os outros profissionais, a alimentação
e moradia dos médicos são responsabilidade dos municípios que os receberão. Continue lendo...
No dia 4 de outubro, mais 2 mil médicos cubanos devem chegar
ao país para uma nova etapa. Assim como os que se inscreveram individualmente,
os médicos cubanos que vêm pelo acordo com a Opas não vão precisar passar pelo
Revalida (Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de
Educação Superior) e, por isso, terão registro provisório por três anos para
atuar na atenção básica e com validade restrita ao local para onde forem
designados.
Padilha ressaltou que todos os médicos que virão nesta
primeira etapa já participaram de outras missões internacionais e têm
especialização em medicina familiar e comunitária. Mais de 84% deles têm mais
de 16 anos de experiência na medicina.
De acordo com Padilha, o acordo que o governo brasileiro tem
com a Opas permite que a entidade faça parceria com outros países e outras
organizações. A pasta vai investir R$ 511 milhões até fevereiro de 2014 com a
vinda dos médicos cubanos.
Na primeira edição, o Programa Mais Médicos selecionou 1.618
profissionais para atuar em 579 postos da rede pública em cidades do interior do
país e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma
brasileiro e 522 são médicos formados no exterior. Os participantes do programa
correspondem a 10,5% dos 15.460 profissionais necessários, segundo demanda
apresentada pelos municípios. O balanço foi divulgado hoje (14) pelo Ministério
da Saúde.
Todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação
vão passar por três semanas de capacitação, com foco no funcionamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) e na língua portuguesa, antes de começarem a
atuar. Durante o período de atuação, terão o trabalho supervisionado por
universidades. (Edição: Fábio Massalli)
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