EXONERADO COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR DO RIO
Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O secretário de Segurança, José Mariano
Beltrame, exonerou nesta segunda (5) o comandante-geral da Polícia Militar
(PM), coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, após divergências sobre documento
interno publicado pelo comandante da corporação, concedendo anistia a policiais
militares que tinham recebido punições administrativas.
A Secretaria de Segurança distribuiu nota sobre o encontro
de hoje à tarde, que resultou na demissão do comandante da PM. "Após uma
longa conversa na Secretaria de Segurança, o comandante-geral da Polícia
Militar do Rio, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, foi exonerado do cargo pelo
secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame." O secretário
está avaliando um nome para suceder o coronel Erir Costa Filho no comando da corporação.
"Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser
vistas com naturalidade", disse Beltrame, que destacou o empenho do
coronel Costa Filho no período de um um ano e dez meses à frente da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro. "Quero ressaltar o trabalho e a integridade
do comandante Costa Filho, além de seu amor à corporação que comandou",
destacou o secretário. Continue lendo...
Publicado quinta-feira (1º), o ato administrativo anistiou
325 policiais militares punidos por ações de menor potencial ofensivo, no
período de 4 de outubro de 2011 – quando Ribeiro assumiu o cargo – até agora,
desagradou a Beltrame, que já tinha questionado a decisão. "Da forma como
foi colocado, eu não gostei. Precisamos entender e a sociedade mais
ainda", disse o secretário.
Em nota, a PM explicou que a revogação das punições
beneficiava "apenas policiais punidos administrativamente, como em casos
de atraso, faltas ou ausências não justificadas". De acordo com a PM,
episódios mais graves, como os de de corrupção ou de homicídio, continuam sendo
analisados pelo Conselho de Disciplina.
A corporação explicou que a dispensa do cumprimento da
prisão ou da detenção refere-se ao fato de a PM ter cumprido escala de serviços
extenuantes nos últimos dois meses. "Durante a Copa das Confederações, a
Jornada Mundial da Juventude e as recentes manifestações, os policiais
trabalharam em escala de um dia de trabalho com uma folga."
A Secretaria de Segurança informou que o próximo
comandante-geral da corporação decidirá se a medida será revogada. (Edição:
Nádia Franco)
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