sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

TRANSPORTE ESCOLAR: EM BELÉM SÓ TEM 81 HABILITADOS E EM SANTARÉM, QUANTOS TEM?

EM BELÉM, APENAS 81 VEÍCULOS ESTÃO HABILITADOS A FAZER O TRANSPORTE ESCOLAR. ÓRGÃOS DE TRÂNSITO ALERTAM OS PAIS.
A volta às aulas traz uma série de preocupações para os pais. Além da matricula nos colégios e da compra do material escolar, o transporte dos filhos até a escola pode se transformar em um transtorno. Com a falta de qualidade no transporte público, muitos pais acabam recorrendo ao transporte escolar. Entretanto, é preciso ficar atento para as qualificações dos profissionais que prestam o serviço. Os órgãos fiscalizadores do trânsito e os proprietários de vans de transporte escolar dão dicas para auxiliar a escolha.
O cadastro e a fiscalização do transporte escolar em Belém é de responsabilidade do setor de transportes da Companhia de Transporte de Belém (Ctbel). Existem, hoje, 81 veículos habilitados a transportar estudantes na capital, credenciados a partir de edital com número de vagas proporcional à demanda na cidade.
Não há, porém, um levantamento que indique o número de motoristas que atuam clandestinamente no setor. Vans sem identificação e até mesmo táxis podem ser vistos na entrada e saída das escolas prestando o serviço que por lei é restrito aos credenciados. A prática, além de ilegal, é condenada por quem atua no setor. "Às vezes, os pais põem em risco a segurança dos filhos por uma diferença de valor no preço do serviço. Tem gente que nem ao menos tem habilitação. Não basta ter um carro bonito e novo, esse tipo de serviço requer treinamento que muitos não possuem", afirmou o dono de van de transporte escolar Roberto Revelino, 33 anos, que trabalha no ramo há 13. Ele recomenda cuidado na hora da escolha do serviço. "Os pais devem verificar se o veículo e o motorista estão habilitados para o serviço. O motorista deve ter carteira de habilitação D e o curso de transporte escolar, e o carro deve estar devidamente identificado e certificado pela Ctbel", afirmou. Continue lendo...
É obrigatória, também, a presença de um acompanhante, além do motorista, que auxilia as crianças no embarque e desembarque. "É algo que deixa o serviço mais caro, mas é absolutamente necessário para a segurança dos estudantes", afirma o dono de uma empresa de transporte escolar Marcelo Gonçalves, 43 anos, há 13 anos atuando na área.
O serviço de uma van credenciada custa entre R$ 180 e R$ 300 por mês, dependendo da distância entre a casa e a escola. Os donos de empresa aconselham a assinatura de um contrato entre a empresa ou motorista e os pais. "Assim, eles ficam respaldados, pois se contratam uma pessoa que não tem compromisso, no caso de um imprevisto acontecer com o carro, o estudante acaba ficando sem transporte", afirma Marcelo Gonçalves.
O Detran intensificará, no período de reinício das aulas, o trabalho de educação e fiscalização com foco sobre o transporte escolar. A operação "Volta às aulas" começará no dia 21 em frente aos colégios Nazaré e Santa Catarina, na avenida Nazaré, e contará com a exposição de fotografias, uma blitz educativa com pais e alunos, abordagens interativas, performances teatrais, orientação de grupos operativos da fiscalização e agentes de educação do órgão na faixa de pedestres e semáforo do perímetro, além da entrega de material educativo aos motoristas.
A Ctbel informou, por sua assessoria, que no mês de fevereiro convocará os proprietários dos veículos credenciados para a implantação da faixa visual obrigatória, bem como para uma vistoria dos itens exigidos pela legislação. A Ctbel vai disponibilizar às escolas uma lista com os nomes dos proprietários habilitados permitindo aos pais que confiram a relação dos habilitados antes de contratar o serviço, garantindo a segurança dos estudantes. (Amazônia – ORM)

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