EM BELÉM, APENAS 81 VEÍCULOS ESTÃO HABILITADOS A FAZER O
TRANSPORTE ESCOLAR. ÓRGÃOS DE TRÂNSITO ALERTAM OS PAIS.
A volta às aulas traz uma série de preocupações para os
pais. Além da matricula nos colégios e da compra do material escolar, o
transporte dos filhos até a escola pode se transformar em um transtorno. Com a
falta de qualidade no transporte público, muitos pais acabam recorrendo ao
transporte escolar. Entretanto, é preciso ficar atento para as qualificações
dos profissionais que prestam o serviço. Os órgãos fiscalizadores do trânsito e
os proprietários de vans de transporte escolar dão dicas para auxiliar a escolha.
O cadastro e a fiscalização do transporte escolar em Belém é
de responsabilidade do setor de transportes da Companhia de Transporte de Belém
(Ctbel). Existem, hoje, 81 veículos habilitados a transportar estudantes na
capital, credenciados a partir de edital com número de vagas proporcional à
demanda na cidade.
Não há, porém, um levantamento que indique o número de
motoristas que atuam clandestinamente no setor. Vans sem identificação e até
mesmo táxis podem ser vistos na entrada e saída das escolas prestando o serviço
que por lei é restrito aos credenciados. A prática, além de ilegal, é condenada
por quem atua no setor. "Às vezes, os pais põem em risco a segurança dos
filhos por uma diferença de valor no preço do serviço. Tem gente que nem ao menos
tem habilitação. Não basta ter um carro bonito e novo, esse tipo de serviço
requer treinamento que muitos não possuem", afirmou o dono de van de
transporte escolar Roberto Revelino, 33 anos, que trabalha no ramo há 13. Ele
recomenda cuidado na hora da escolha do serviço. "Os pais devem verificar
se o veículo e o motorista estão habilitados para o serviço. O motorista deve
ter carteira de habilitação D e o curso de transporte escolar, e o carro deve
estar devidamente identificado e certificado pela Ctbel", afirmou. Continue lendo...
É obrigatória, também, a presença de um acompanhante, além
do motorista, que auxilia as crianças no embarque e desembarque. "É algo
que deixa o serviço mais caro, mas é absolutamente necessário para a segurança
dos estudantes", afirma o dono de uma empresa de transporte escolar
Marcelo Gonçalves, 43 anos, há 13 anos atuando na área.
O serviço de uma van credenciada custa entre R$ 180 e R$ 300
por mês, dependendo da distância entre a casa e a escola. Os donos de empresa
aconselham a assinatura de um contrato entre a empresa ou motorista e os pais.
"Assim, eles ficam respaldados, pois se contratam uma pessoa que não tem
compromisso, no caso de um imprevisto acontecer com o carro, o estudante acaba
ficando sem transporte", afirma Marcelo Gonçalves.
O Detran intensificará, no período de reinício das aulas, o
trabalho de educação e fiscalização com foco sobre o transporte escolar. A
operação "Volta às aulas" começará no dia 21 em frente aos colégios
Nazaré e Santa Catarina, na avenida Nazaré, e contará com a exposição de
fotografias, uma blitz educativa com pais e alunos, abordagens interativas,
performances teatrais, orientação de grupos operativos da fiscalização e
agentes de educação do órgão na faixa de pedestres e semáforo do perímetro,
além da entrega de material educativo aos motoristas.
A Ctbel informou, por sua assessoria, que no mês de
fevereiro convocará os proprietários dos veículos credenciados para a
implantação da faixa visual obrigatória, bem como para uma vistoria dos itens
exigidos pela legislação. A Ctbel vai disponibilizar às escolas uma lista com
os nomes dos proprietários habilitados permitindo aos pais que confiram a
relação dos habilitados antes de contratar o serviço, garantindo a segurança
dos estudantes. (Amazônia – ORM)
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