segunda-feira, 24 de junho de 2013

Na primeira fase da competição, do meio para a frente, só Neymar brilhou, como se previa. Os outros, com bons e maus momentos, tiveram atuações sem serem especiais. Do meio para trás, David Luiz e Thiago Silva foram os destaques.

Eduardo Gonçalves de Andrade, apelidado de (Tostão) é ex-jogador, campeão mundial na Copa de 1970, médico e escritor crítico literato.
Um leitor me perguntou se tenho assistido aos jogos pela TV ou nos estádios. Por minha opção, vejo pela TV. Na Copa do Mundo, pretendo estar nos estádios. É mais emocionante, e posso ver detalhes que não vejo pela televisão, como o posicionamento dos zagueiros, quando o time está no ataque, mas posso deduzir, pelos espaços que existem entre os zagueiros e os volantes, quando o time recebe o contra-ataque.
Graças às excepcionais câmeras de TV, que mostram as imagens bem abertas e os detalhes, se foi pênalti, falta ou não, vejo coisas que não veria nos estádios, além de ter mais informações e desfrutar de uma confortável preguiça, para um sexagenário, mais perto dos 70 que dos 60.
De todos os narradores, das televisões abertas, fechadas e das que não transmitem a Copa das Confederações, gosto mais de Milton Leite, do SporTV. Ele une a descrição precisa do lance com críticas e elogios, no momento e na intensidade certas, além do bom humor.
O outro narrador do SporTV Luiz Carlos Júnior continua chamando a seleção espanhola de Fúria, nada mais ultrapassado. Continue lendo...
Dos comentaristas, pelos conhecimentos técnicos e táticos e pelo senso crítico, prefiro os da ESPN Brasil, que não transmitem os jogos da Copa das Confederações. Ronaldo e Casagrande, da TV Globo, não dizem nada mais que o óbvio.
Como se esperava, o Brasil vai enfrentar o Uruguai na semifinal, e a Espanha, a Itália. A Espanha, contra a Nigéria, mostrou, novamente, sua deficiência, a falta de bons atacantes. Pedro, Soldado, Villa e Fernando Torres não estão à altura da qualidade do time.
Brasil e Espanha são favoritos, mas não será uma grandíssima zebra se ocorrer o contrário. O Uruguai, além da rivalidade, sabe jogar contra o Brasil. Os quatro gols que sofreu contra a Espanha, na final da Eurocopa-2012, ocorreram porque a Itália ficou com um jogador a menos durante grande parte do jogo.
Na primeira fase da competição, do meio para a frente, só Neymar brilhou, como se previa. Os outros, com bons e maus momentos, tiveram atuações sem serem especiais. Do meio para trás, David Luiz e Thiago Silva foram os destaques.
Apesar de o Brasil ter, do meio para a frente, apenas um jogador especial, a equipe fez nove gols em três partidas, além de criar outras chances. Isso mostra a força coletiva, especialmente a marcação por pressão, recuperando a bola perto do outro gol.
Assim como não podemos achar picuinhas para desmerecer as boas atuações e as vitórias do time brasileiro, não podemos ignorar os fatos, as deficiências individuais e coletivas nem as arbitragens caseiras. A Fifa é uma potência econômica.

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