ANALFABETOS FUNCIONAIS CHEGAM A 77% NO PARÁ
Ontem, após a divulgação da segunda edição da Avaliação
Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, a Prova ABC, a triste realidade
da educação no Brasil, tão criticada nos protestos, se materializou: a maioria
(55,4%) dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental no país não lê e
não interpreta um texto de forma correta. No Pará, 77,8% dos alunos do 3º ano
do Ensino Fundamental não conseguem ler adequadamente um texto. Pior: 88,4% não
conseguem fazer uma redação.
A avaliação foi divulgada pelo movimento Todos
pela Educação. Os dados mostram que os estudantes paraenses ficaram muito aquém
da pontuação mínima necessária – no caso utilizado para esta divulgação foi o
nível 175, que indica proficiência adequada em leitura. O 3º ano é a
série considerada limite para a alfabetização, segundo o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa (Pnaic).
A avaliação foi aplicada no final de 2012 e teve a
participação de 54 mil alunos de 1.200 escolas públicas e privadas distribuídas
em 600 municípios brasileiros. Metade da amostra é composta por alunos do 2º
ano do ensino fundamental e o restante por estudantes do 3º ano.
REGIÃO
Na comparação por região, o quesito leitura teve pior
resultado na Região Norte, onde uma média de 72% dos alunos do 3º ano tiveram
avaliação abaixo de 175 pontos. Com essa pontuação os estudantes não conseguem
identificar temas de uma narrativa, não conseguem localizar informações
explícitas, não identificam características de personagens em textos e nem
percebem relações de causa e efeito contidas nessas narrativas. São
considerados “analfabetos funcionais”. A maior parte dos alunos (40,9%) não
alcançou 125 pontos. Continue lendo...
O Nordeste (30,7%) também apresentou resultado de
proficiência adequada em leitura abaixo da média nacional. Mais de um terço dos
nordestinos (38,4%) fez menos de 125 pontos. Para a diretora executiva do
Todos pela Educação, Priscila Cruz, esses resultados apontam que as políticas
públicas em educação devem estar voltadas com mais vigor para as regiões Norte
e Nordeste.
Para avaliar as habilidades em escrita, os alunos fizeram
também uma redação. Com uma escala de 0 a 100 pontos, a correção avaliou três
competências: adequação ao tema e ao gênero; coesão e coerência; e registro,
que inclui grafia das palavras, adequação às normas gramaticais, segmentação de
palavras e pontuação. Apenas 30,1% dos alunos do país apresentaram o desempenho
esperado, que é acima de 75 pontos. Norte (16,1%) e Nordeste (18,9%) ficaram
novamente abaixo da média.
A Prova ABC é uma parceria do Todos pela Educação com a
Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro e o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). (Diário do Pará)
2 comentários:
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abraços BETO PARANATINGA Rede Pará Notícias.
A educação no Pará só tende a piorar, uma vez que o Sr Simão Jatene autorizou uma série de cortes na área da educação, como por exemplo, exclusão do pagamento para professores com carga horária referente à prolabore. Resultado estou sem receber há dois meses e agora perdi as esperanças de reaver meu pagamento. Só me resta procurar meus direitos trabalhista:"Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles." Rui Barbosa
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