Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha
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● Operação tapa-buraco - O governo estuda reavaliar
investimentos no trecho da rodovia BR-262 que liga Minas Gerais ao Espírito
Santo, que não teve nenhum interessado em leilão de ontem. Segundo
participantes das negociações, uma das ideias aventadas é negociar para que a
iniciativa privada faça toda a obra. Hoje, ela seria responsável pela parte de
Minas Gerais, e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes), pelo trecho do Espírito Santo. "Não podemos esperar
mais", diz um palaciano.
●São eles - Membros do governo apontam ação conjunta do governador Renato
Casagrande (PSB-ES), da deputada Rose de Freitas (PMDB) e do senador Ricardo
Ferraço (PMDB) para melar o leilão.
● Caderninho - Auxiliares de Dilma Rousseff lembram que Ferraço já jogou
contra o governo no episódio da fuga do senador boliviano Roger Molina para o
Brasil, que gerou um impasse diplomático.
● Delay - Membros do Executivo lembram que o projeto foi lançado em outubro do
ano passado e, em abril, foi anunciado que a obra seria licitada em setembro. As
reclamações sobre o valor do pedágio só pipocaram em agosto e, até a véspera,
empresas tinham interesse no leilão.
● Origem - A lei 8.038, que dividiu o STF no debate sobre o cabimento de
embargos infringentes no mensalão, foi relatada em comissão da Câmara, em 1989,
pelo então deputado petista Sigmaringa Seixas, amigo de Lula e de vários
ministros da corte.
● Voz... - Em artigo publicado em janeiro deste ano, Luís Roberto Barroso
escreveu: "Não é ruim que os juízes, antes de decidirem, olhem pela janela
de seus gabinetes e levem em conta a realidade e o sentimento social".
●... das ruas - O ministro dizia, no entanto, que não pode haver
"conversão do Judiciário em mais um canal da política majoritária,
subserviente à opinião pública". E opinou que, no mensalão, o STF
"aceitou e apreciou o papel de atender à demanda social".
● Novato - Na sessão de anteontem, Barroso travou discussão com Marco Aurélio
Mello em que disse que a corte não deveria se pautar pela "multidão"
e que não se preocupa com a imprensa.
● Cotoveladas - Reunião realizada esta semana em São Paulo para debater a
reeleição de Dilma evidenciou a disputa de espaço entre o marqueteiro João
Santana e o ex-ministro de Lula Franklin Martins, que voltou a opinar sobre a
estratégia de comunicação do governo e do PT.
● Digitais - Dirigentes petistas dizem que os conselhos de Franklin têm sido
cada vez mais ouvidos no Palácio do Planalto. Creditam a ele o tom de Dilma nos
pronunciamentos de TV e na relação com a base aliada depois dos protestos de
junho.
● Tropa - A irritação do PT com Eduardo Campos (PSB) não se limita a
declarações do governador de Pernambuco contra a gestão Dilma. Os petistas
acompanham todos os ataques feitos ao partido por aliados de Campos, como Beto
Albuquerque, Carlos Siqueira e Márcio França.
● Quase lá - A cúpula da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) acredita que é
inevitável a assinatura de contrato entre o governo e a Técnica, subsidiária da
Delta, para obras na SP-304, com valor estimado em R$ 60 milhões. Não há
pedidos de revisão em andamento para a licitação.
● Rock - bebê - Questionado por um seguidor no Twitter sobre sua opinião em
relação à atuação de "black blocs" em manifestações, Plínio de Arruda
Sampaio (PSOL) respondeu: "Leonardo, não sei o que são os black blocs'. É
um grupo de rock?".
● com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN●tiroteio - "Se o gigante não acordar e for para a rua, o Supremo, graças às últimas
indicações de Dilma, vai colocar o mensalão para dormir."
●DO DEPUTADO RODRIGO MAIA (DEM-RJ), sobre a probabilidade de o STF aceitar, na próxima
quarta-feira, a admissibilidade de embargos infringentes no caso.
●contraponto - Choque de gerações
Na segunda-feira, deputados discutiam a medida provisória 615, com mais de 26 temas e que trata de benefícios ao setor sucroalcooleiro. Era o último dia para a Câmara votar a tempo de que a MP chegasse ao Senado no prazo mínimo de sete dias antes de caducar, estipulado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Um jornalista perguntou a Renan Filho, que estava indo para a reunião de líderes negociar o tema:
--Seu pai não vai abrir exceção e mudar esse prazo?
O deputado federal respondeu:
--Ali não tem jeito. Só tem uma palavra: turrão!
Na segunda-feira, deputados discutiam a medida provisória 615, com mais de 26 temas e que trata de benefícios ao setor sucroalcooleiro. Era o último dia para a Câmara votar a tempo de que a MP chegasse ao Senado no prazo mínimo de sete dias antes de caducar, estipulado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Um jornalista perguntou a Renan Filho, que estava indo para a reunião de líderes negociar o tema:
--Seu pai não vai abrir exceção e mudar esse prazo?
O deputado federal respondeu:
--Ali não tem jeito. Só tem uma palavra: turrão!
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