DILMA APONTA FAVORITO PARA MINISTÉRIO E DIVIDE PR
EQUIPE AE - Agência Estado
A negociação de Dilma Rousseff com o PR para a escolha do
novo ministro dos Transportes provocou um racha no partido aliado. A
preferência da presidente pelo ex-senador baiano e hoje vice-presidente do
Banco do Brasil César Borges contraria os deputados federais, que não se dizem
representados por ele, apesar de compartilharem a legenda. A bancada ameaça até
embarcar no projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), caso não seja ouvida.
Em público, o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento
(AM), nega já ter tratado de indicações com Dilma. Mesmo assim, diz apoiar a
sondagem feita pelo governo para emplacar Borges no cargo. "É um excelente
nome", disse ele ao Estado. Desde a "faxina" administrativa que
derrubou o próprio Nascimento do cargo em 2011 os parlamentares do PR estão em
pé de guerra com a cúpula do partido.
Parte se sente traída por Nascimento e diz preferir a
manutenção do ministro Paulo Sérgio Passos a deixar o cargo com Borges. Passos
é filiado ao PR, mas, para os que mandam no partido, ocupa o Ministério dos
Transportes "na cota pessoal" de Dilma - ele não tem ligação direta
com os integrantes mais "orgânicos" da sigla. Continue lendo...
O argumento dos deputados do PR é um só: já que a liderança
não será política, que seja técnica. Nas últimas semanas, o governo vem
cozinhando em banho-maria a escolha para os Transportes. A demora do anúncio
levou o líder do partido na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), a dizer que "o
PR está muito magoado com a presidente Dilma".
Numa referência indireta a Campos, Garotinho disse que o PR
é "indispensável para inviabilizar o projeto dos adversários" do PT
na campanha presidencial do ano que vem. "Ela (Dilma) não precisa do tempo
do PR, porque tem o do PT, do PMDB, entre tantos, mas também não quer que nosso
tempo vá para outros candidatos", afirmou Garotinho, em alusão ao espaço
de 1 minuto e 10 segundos que a sigla tem na propaganda política de TV. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Estadão)
0 comentários:
Postar um comentário