sábado, 27 de julho de 2013

Esses paraenses, que não considero pessoas normais, pois levam seus carros para curtir a praia e como não sobra praia para eles, viram flanelinhas de seus veículos, cuidando e preocupados com a maré que pode encher e levar o automóvel para o fundo do mar.

Praia de Atalaia Salinópolis Pará - Nelson Vinencci é músico, cantor e compositor amazônico e escreve regularmente no Espalha Brasa.
No veraneio paraense, metade da cidade de Belém se muda para Salinópolis, cidade litorânea do Pará que fica cerca de 220 quilômetros da capital e no mês de julho passa de 37 mil habitantes para 300, 500 mil, uma explosão de carros, pessoas e bugigangas.
É impressionante, Belém fica vazia, sem vida, o povo sai de casa como se fosse para o Círio de Nazaré e entopem as praias de águas salgadas com malas e cuias. Diante do exagerado número de veranistas, Salinas como é conhecida, vira território da agonia.
Eu que sou caboclo ribeirinho, da parte oeste do Pará, criado em praias de areias alvas e de águas serenas, calmaria, vento ameno que banzeira harmoniosamente as cores, os homens e a natureza, quando vi a praia de Atalaia pela primeira vez achei feia.
O mar é o mar, um rei imponente que dá medo e nos faz compreender melhor muitas coisas da vida, mas o comportamento dos veranistas paraoaras nas praias é de causar espanto e certa desconfiança sobre a sanidade mental da grande maioria dessa gente.
Apanhei essa foto que está circulando nas redes sociais, para melhor descrever aqui o que para mim chega a ser o limite da imbecilidade dos paraoaras. Eles invadem as praias com seus carrões, o som escambichado com músicas de farofeiros e passam a gritar uns com os outros. 
A gritar, porque o ambiente fica em um nível de barulho tão ensurdecedor que só gritando para alguém te ouvir - o que mais me deixou convicto que essas pessoas são bilés da cuca, é que os carros tomam conta da melhor parte da praia e as pessoas espremidas entre eles.
Esses paraenses, que não considero pessoas normais, pois levam seus carros para curtir a praia e como não sobra praia para eles, viram flanelinhas de seus veículos, cuidando e preocupados com a maré que pode encher e levar o automóvel para o fundo do mar.
Eu não sei até que ponto essa gente tem o aval dos governos que já passaram, tanto na prefeitura de Salinópolis como no governo do Pará, desconfio até que esses prefeitos e governadores também faziam ou fazem essa farra idiota nas praias de oceano do Pará.
Assim terminando minhas queixas, e fico me perguntando; o que leva um ser humano a enlouquecer a este ponto, de entupir uma praia de carros e no menor espaço possível conseguir laser, alegria e a euforia de no ano seguinte repetir a dose? 
Isso só pode ser loucura, Deus me livre dessa fuleragem... rs!  

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