Vera Magalhães, 39, é repórter especial da Folha
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●Injeção extra - O programa do governo para atrair médicos
no interior do país e nas periferias, que será lançado hoje, terá investimento
previsto de R$ 3 bilhões até 2014 e vai pagar salários de R$ 4 mil para
enfermeiros. Além disso, a Marcha dos Prefeitos, que acontece nesta semana em
Brasília, turbinou o Mais Médicos. Integrantes do governo afirmam que haverá
recurso adicional para reforma de hospitais e compra de equipamentos para
municípios pequenos, pleito das prefeituras.
●Trauma - Segundo auxiliares, um dos motivos que podem levar Dilma Rousseff a
se ausentar da marcha é o fato de que, no ano passado, a presidente foi vaiada
por prefeitos após discursar durante a abertura do evento.
●Plantão médico - Se antes do Mais Médicos se dizia que faltava a Alexandre
Padilha (Saúde) uma marca para ser candidato a governador de São Paulo, aliados
dizem agora que o ministro não poderá deixar a pasta apenas seis meses depois
do lançamento do programa.
●Pega... Miriam Belchior (Planejamento) vai receber nos próximos dias 16
governadores e prefeitos para discutir a distribuição dos R$ 50 bilhões do PAC
Mobilidade prometidos por Dilma após os protestos de junho.
●...a senha - A romaria começa hoje, com reuniões reservadas com Geraldo
Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Paes
(PMDB), e Jaques Wagner (PT) e ACM Neto (DEM).
●Recordar é viver - Em fevereiro, Dilma informou, pelo blog do Planalto, que
"não estava preparando uma reforma ministerial". Um mês depois, a
presidente substituiu titulares de três ministérios: Aviação Civil, Trabalho e
Emprego e Agricultura.
●A conferir - Anteontem, a petista divulgou nota desmentindo especulações de
novas trocas na equipe.
●Desarmando... Na linha do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN) diz que o caminho da Câmara não será derrubar o veto
presidencial relativo ao fim do fator previdenciário. A pauta será discutida
com as centrais sindicais amanhã.
●...a bomba - O presidente da Casa defende cobrar do governo uma alternativa
ao veto, como o projeto do então deputado Pepe Vargas (PT-RS), que prevê novo
cálculo sobre idade e tempo de serviço. A ideia já foi discutida com a área
econômica.
●Mais fundo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) discutirá amanhã com sua
equipe os detalhes de um segundo corte de despesas do governo, que deve ser
anunciado ainda neste mês.
●Prioridades - Estão em debate a fusão de mais secretarias e empresas
públicas. O tucano pretende ainda vender 100 imóveis desocupados do Estado até
o fim do ano, como o antigo escritório de representação do governo de São Paulo
na capital federal.
●Xerife - Alckmin também prepara um pacote de combate à corrupção, em
resposta aos protestos de junho. Na sexta, chegou a seu gabinete a proposta de
um código de ética para a gestão estadual, com regras rígidas de conduta para
os gestores. Ele pretende ainda divulgar salários de dirigentes de estatais.
●Vem pra rua 1 - Sondagem feita pelo Sebrae-SP com 602 micro e pequenas
empresas do Estado mostra que 54% delas tiveram os negócios afetados pelas
manifestações de rua em junho.
●Vem pra rua 2 - Ainda assim, 91% dos que responderam à pesquisa do Sebrae
disseram apoiar os protestos.
●tiroteio - "A realização de plebiscito para as eleições de 2014 está em coma profundo
e irreversível na UTI. Só falta a gente desligar os aparelhos."
DO LÍDER DO PMDB NA CÂMARA, EDUARDO CUNHA (RJ), sobre a intenção do governo de
que a consulta sobre a reforma política valha para o ano que vem.
●contraponto - Soletrando - Irritado com o PT nas últimas votações da Assembleia Legislativa paulista antes
do recesso parlamentar, o líder do governo Barros Munhoz (PSDB) fez um discurso
inflamado na tribuna da Casa. Comandando a aprovação da Lei de Diretrizes
Orçamentárias de 2014, o tucano responsabilizou o PT pelo impasse.
No meio de sua fala, Barros percebeu que o tempo regimental estava se
encerrando e improvisou:
-- Vamos praticar a democracia, porque, como dizia o saudoso e inesquecível
governador Orestes Quércia, no fundo, no fundo, o que importa é vê-ô-vó,
tê-ô-to. Voto!
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