ALUNO DE MEDICINA DA UEPA CRAVA O PRÓPRIO CANIVETE NA
GARGANTA DO BANDIDO. RAPAZ DE 19 ANOS ESTÁ PRESO.
Antônio Cardoso, de 19 anos, aluno do terceiro ano de
Medicina da Uepa (Universidade do Estado do Pará), reagiu a um assalto às 2h30
de ontem, numa parada de ônibus em frente ao IFPA (Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Pará), na avenida Almirante Barroso, e matou
o bandido, que ainda não foi identificado. O cabo L. Santana, da Polícia
Militar, viu quando o jovem lutou com o criminoso até atingi-lo com um canivete
na jugular. De acordo com o policial, Antônio, que foi preso em flagrante,
levou a melhor porque é corpulento. A Divisão de Homicídios investiga o crime.
Os pais de Antônio foram à Central de Flagrantes de São
Brás, onde ele foi colocado, na manhã de ontem. Assustado e aparentando
fragilidade, o estudante contou que mora no Guamá e que se desentendeu com os
pais na véspera do crime, quando saiu sem rumo para espairecer. O homicídio
ocorreu na volta dele para casa, quando o desconhecido anunciou o assalto na
parada de ônibus. "Ele disse que estava armado, que era para eu passar o
dinheiro, mas eu disse que não tinha e ele começou a chamar um monte de
palavrão pra mim e disse que ia me dar um tiro", contou Antônio. O jovem
não viu a arma que o ladrão disse que portava e nada foi encontrado com os
dois, além do canivete.
O cabo L. Santana disse que a arma usada no homicídio era do
próprio assaltante, mas o estudante de medicina afirmou que era dele. "Eu
tinha o canivete para me proteger". Antônio disse ainda que, quando
reagiu, passou a lutar com o homem, disputando o canivete. Ele chegou a cortar
o próprio dedo, mas conseguiu segurar o canivete e cravou a arma na garganta do
ladrão, que morreu no local. Continue lendo...
O estudante não sabia se seria libertado, porque apenas se
defendeu, ou se seria enviado para a cadeia. Ele explicou que havia se
desentendido com os pais porque estava sendo obrigado a cursar dança de salão,
"entre outros motivos". "Meus pais não querem que eu fique o
tempo todo estudando, mas eu preciso melhorar as minhas notas",
argumentou. Os pais de Antônio, que só perceberam a ausência do filho às 5
horas, disseram que ele vive para estudar e não costuma sair de casa.
O cabo L. Santana afirmou que o rapaz estava atordoado e
fornecia informações confusas. Ele recebeu atendimento médico no dedo
machucado, antes de ser levado para a Central de Flagrantes de São Brás.
O Instituto Médico Legal (IML) informou, no final da manhã
de ontem, que o corpo do assaltante havia sido necropsiado, mas não havia sido
identificado.(Amazônia - ORM)
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