terça-feira, 25 de outubro de 2016

PLENÁRIA QUE COLETARIA ASSINATURAS CONTRA A PEC 241 FOI ADIADA POR FALTA DE PARLAMENTARES NA CÂMARA DE SANTARÉM

Dos 9 vereadores que compareceram, apenas 3 se posicionaram contra a PEC, e outros não quiseram se manifestar ou demostraram não ter conhecimento sobre a proposta de Temer.


Depois das manifestações contrárias à PEC 241, realizada ontem (24) em Santarém, a coordenação do manifesto esteve, hoje (25), na Câmara dos Vereadores com o intuito de entregar um documento de apoio para que os parlamentares assinassem sendo contrários à PEC. A grande surpresa foi que a plenária acabou sendo cancelada, visto que dos 9 vereadores compareceram, apenas 3 se posicionaram contra a PEC. A grande maioria dos vereadores não participou porque evidentemente se mostram a favor ou até mesmo desconhecedores da proposta de Temer que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos.

O Sindicato dos Profissionais em Educação de Santarém (Sinprosan) se considera um dos principais afetados com a aprovação da PEC 241. Os cortes na educação vão afetar tanto o segmento federal, o estadual e o municipal. As conquistas adquiridas, como a garantia da questão da Lei do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), dos projetos de aplicação de recursos nas escolas municipais por meio do Programa Dinheiro Direto nas Escolas (PDDE), terão seus cortes, caso a PEC seja aprovada pela Câmara dos Deputados no Congresso Nacional.

De acordo com o professor Josafá Gonçalves, o presidente da Câmara de Santarém, Reginaldo Campos, não compareceu na sessão do dia 24, não sabendo, portanto, sobre o que ocorreu. Quando foi ontem (25), ao presidir a sessão, automaticamente estava fora de direcionamento e muito menos sabia do documento de apoio, que foi um compromisso dos parlamentares que estavam na sessão de segunda-feira (24). “O que nós interpretamos foi que o presidente da Casa, Reginaldo Campos não estava concordando em relação da nossa presença na Casa, e é importante que a população saiba que o Reginaldo Campos tentou expulsar os professores, os sindicalistas da Casa, que representam o povo”, argumentou o professor Josafá.

Segundo o coordenador geral do Sintepp de Santarém, Noel Sanches, por meio do movimento que se intitula contra a PEC, professores e membros dos movimentos sociais entregaram à casa das leis de Santarém, um documento que seria encaminhado a Brasília. A PEC fere de morte o direito dos trabalhadores do Brasil, e estes direitos não podem jamais ser cortados ou congelados como a PEC assim expressa por pelo menos 20 anos. O movimento nacional realizado na segunda (24) pelas ruas de Santarém, alcançou aproximadamente 5 mil pessoas, 25 entidades sindicais, grupos organizados para que de forma cidadão pudessem expressar toda indignação e contrariedade a essa PEC que ataca diretamente a vida de todos os brasileiros.

Em sua rede social, o prefeito eleito Nélio Aguiar declarou ser contra a PEC 241, e ainda pediu para que os deputados e senadores votem contra a medida. Segundo ele, as principais consequências serão menores investimentos na assistência social, educação e saúde.

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