Zuenir Carlos Ventura nasceu em Além na Paraíba, é
jornalista e escritor e colunista do jornal O Globo e da Revista Época.
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Mais impressionante do que os números é o crescimento da aprovação, que era de
62% em dezembro, data da última pesquisa, da mesma maneira que o estilo de
governar passou de 78% para 79%, e o índice de confiança, de 73% para 75%. Como
explicar essa consagração em alta num período tão pouco favorável ao governo? O
PIB caiu, a inflação ameaça, as filas dos hospitais aumentam, a faxina ética na
administração ficou na promessa e até a natureza conspira contra, expondo a
reedição de tragédias como as da Região Serrana fluminense, para as quais a
presidente propôs "medidas drásticas", não contra as áreas de risco,
mas "contra os que insistem em ficar nas áreas de risco", como se
houvesse outra opção. Continue lendo...
Em vez de tentar entender essas contradições, a oposição prefere ou minimizar a
avaliação positiva, atribuindo-a aos pronunciamentos em que a presidente
anunciou medidas populares, ou desqualificá-la, alegando que é uma ascensão
momentânea. Leitores que escrevem para o jornal parecem mais preocupados em
entender o que se passa. Há quem ponha em dúvida o universo da pesquisa - 2.202
eleitores consultados. "Será que ouviram os que mofam nas filas dos
hospitais?" Há quem chame a atenção para o fato de que esse apoio não é
apenas da população carente, mas também de uma classe média satisfeita,
viajando mais e comprando como nunca. São hipóteses. A realidade é que Dilma
está em fase crescente e a oposição, em fase minguante. E sem saber dizer por
quê.Diante do reconhecimento de seus pares, classificando Emilio Santiago como um dos melhores cantores do Brasil, senão o melhor, é que vi como sou ignorante em matéria de música. Nunca lhe dei a merecida importância.
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