GOVERNADOR EM EXERCÍCIO CRITICA
PROPOSTA DE ICMS
Alíquota só beneficiaria um estado da região amazônica
Longe de qualquer consenso, a proposta de unificação do ICMS
(Imposto Sobre Circulação de Mercadoria) foi debatida nesta terça-feira (19),
em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.
Os governadores da região Norte e do Centro-Oeste foram os
que mais reclamaram da proposta de unificação da alíquota. Primeiro a falar na
audiência, Helenílson Pontes, governador em exercício do Pará, disse que não se
pode discutir a unificação de alíquotas do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços, proposta pelo Governo Federal, 'sem tratar de sua
contrapartida'.
Segundo observou, ao contrário da maioria dos outros
tributos, o ICMS não é cumulativo. Assim, não se poderia discutir a unificação
apenas sob o ponto de vista das alíquotas de saída dos produtos, sem observar a
contrapartida que são os créditos. Esse é, em sua avaliação, o primeiro
equívoco da proposta do governo.
'É preciso debater as consequências da unificação do ICMS
sobre os créditos', reiterou Helenílson Pontes. Helenílson também afirmou que é
preciso haver tratamento isonômico dentro da região Norte, ou seja, que haja
alíquotas iguais dentro dessa região. 'Se o estado do Amazonas tem vantagens em
relação ao Brasil [devido à zona franca], isso não pode se dar em relação aos
outros estados da região Norte', frisou.
Além de Helenílson, foram convidados governadores de outros
seis estados: Omar Aziz (Amazonas), Wilson Martins (Piauí), André Puccinelli
(Mato Grosso do Sul), Geraldo Alckmin (São Paulo), Renato Casagrande (Espírito
Santo) e Tarso Genro (Rio Grande do Sul).
A audiência para debater o projeto de resolução 1/2013 e a
medida provisória 599/2012, que tratam da unificação do ICMS, está sendo
realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).
Centro-Oeste perde muito - O governador de Mato Grosso
do Sul, André Pucinelli, que representou a região Centro-Oeste, foi duro ao
criticar a proposta garantindo que a região vai 'quebrar' caso a proposta em
andamento seja aprovada do jeito que está.
Segundo ele, só o Mato Grosso do Sul perderia R$ 1 bilhao em
receita e seria, aos poucos, 'desindustrializado', o que segundo o governador,
teria consequências incalculáveis para a toda a regiao. (Odacil Canepa, da
Sucursal de Brasília)
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