DECRETO DE CALAMIDADE PÚBLICA DO VON PODE ACABAR EM AÇÃO
CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
A Secretária de Saúde de Santarém, Dr Valdenira Cunha, na
manhã desta segunda (25), tentou justificar para o apresentador Jorge Carlos,
que comanda o programa ‘rádio interativo’, na Guarany FM, a intenção do Governo
em tomar tal medida.
Em regra geral o “estado de calamidade pública” só pode ser
decretado por Prefeituras, Estados e o Governo Federal em casos de grandes desastres
e calamidades com muitas vítimas, pois tem a duração de no máximo 180 dias.
Problemas na aquisição de alimentos, ou seja, o governo Von
quer se livrar do fornecedor que vendia para o PT; o mesmo acontece com a
lavanderia do hospital municipal, na aquisição de material de limpeza e na operação
das máquinas.
A tal atitude do Governo Von deve ser a de se livrar dos fornecedores
do PT, pois essa declaração de ‘estado de calamidade pública’, facilita a compra
indiscriminada de remédios e outros sem que seja preciso a licitação exigida por
Lei, eis aí a questão principal do decreto.
Por outro lado, há por parte do PSDB, um grande complô para atacar
o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, pois ele é o favorito de Lula para
disputar o governo de São Paulo em 2014, então desmoraliza-lo faz parte do jogo
tucano para reeleger o governador Geraldo Alckmin.
Aqui em Santarém é quase uma obrigação política de Von atacar
a saúde, mirando e atirando no Ministro Padilha, afinal ele é cidadão santareno
com o título eleitoral domiciliado em Santarém, por isso esse decreto desnecessário,
mas em compensação é politicamente estratégico.
Só para ilustrar: Palmas no Tocantins, Boa Vista em Roraima,
Sorocaba no estado de São Paulo, Pablo Genuíno em Rurópolis, Zenaldo Coutinho em
Belém e Von aqui em Santarém. Todos prefeitos tucanos que também decretaram Calamidade Pública.
Como este governo já começou meio zarolho, a possibilidade
dessa atitude do Von terminar na justiça é quase de 100%; cabe à ex-prefeita Maria do Carmo ajuizar uma Ação Civil
Pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito.
Nessa ação deve-se pedir a possível anulação dos atos realizados durante o período de vigência do
decreto de emergência e junto ao Ministério Público, denunciar a violação de princípios
constitucionais da impessoalidade, moralidade, boa-fé administrativa,
motivação, legalidade e eficiência no serviço público.
Entenda algumas características destes “estados”:▼
Por Gidalt – Portal Folha
OBSERVAÇÃO: Em casos de intensidade leve a moderada e quem
decreta são órgãos os de monitoramento meteorológico com duração indeterminada
ESTADO DE ALERTA: Em situações de desastres de intensidades
fortes decretadas por órgãos de monitoramento meteorológico e da defesa civil e
sua duração é apenas por algumas horas.
ESTADO DE EMERGÊNCIA EM QUE CASOS – Desastres de grande
porte, quem decreta são os órgãos de monitoramento meteorológico e da defesa
civil com duração indeterminada
ESTADO DE SÍTIO: Situações de guerra ou comoção grave de
repercussão nacional decretado pelo Presidente da República com duração de até
30 dias, em casos de comoção nacional, e indefinida, em casos de guerra
ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA: Em casos de desastres grandes
e com muitas vítimas que podem ser decretados pelas Prefeituras, Estados e o
Governo Federal e duram no máximo 180 dias
ESTADO DE DEFESA em situações de instabilidade institucional
ou grandes calamidades da natureza também é decretado somente pelo Presidente
da República duram até 30 dias podendo ser prorrogados.
Vamos entender o que justifica um Decreto de Emergência.▼
Para ser decretado um estado de emergência, exigem-se
critérios bem claros que devem ser baseados na intensidade dos danos e na
ponderação dos prejuízos.
Para tal é preciso responder junto aos órgãos
fiscalizadores, e aí chamamos à atenção da Câmara Municipal, quatro questões:
Primeira:
Observou-se a incidência de danos humanos?
A existência de muitos feridos graves?
Desaparecidos?
Deslocados?
Desabrigados?
Ou até mortos?
Segunda:
Observou-se a incidência de danos materiais?
As instalações Públicas de Saúde foram afetadas e estão sem funcionar
assistência médica primária e hospitalar, as emergências médicas e cirúrgicas?
As instituições de ensino, de infra-estrutura estão
inoperantes e sem funcionar a contento?
As residências populares foram afetadas pelo estado ou
situação, ficando sem abastecimento de água potável, telecomunicação, esgoto
sanitário?
Terceira:
Observou-se a incidência de danos ambientais?
Como contaminação e/ou poluição das fontes de água?
Houve contaminação, degradação e/ou poluição do solo, do ar
ou da biodiversidade?
Quarta.
E há ainda de se perguntar sobre o impacto disso sobre a
economia.
Os prejuízos econômicos estão acima de 30% do PIB do
município a ponto de não mais poder se reerguer?
Von decretou estado de 'calamidade' e deve se
justificar na intensidade dos danos, se não, vem aí uma quinta questão:
O prefeito decretou estado de 'calamidade' por quê? (Por
Gidalt – Portal Folha)
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