sábado, 2 de março de 2013

POLÍCIA CIVIL DO PARÁ VAI ENTRAR EM GREVE - TE VIRA GOVERNADOR HP

POLICIAIS PODEM FAZER GREVE 
Categoria pede incorporação de abono aos vencimentos básicos, mas se não houver acordo o setor vai parar
Os servidores públicos da Polícia Civil, investigadores, escrivães, papiloscopistas e téncnico-administrativos, se reuniram ontem à noite em assembleia geral do Sindipol e decidiram um calendário de mobilização da categoria para reivindicar do governo do Estado a incorporação do abono salarial de R$ 540,00 ao vencimento-base e outras cláusulas econômicas. Como informou o presidente do Sindipol, Rubens Teixeira, a intenção dos servidores é se reunir com os técnicos do governo até o final da primeira quinzena deste mês. Caso isso não ocorra, entrarão em estado de greve, e se até o final de março nada for encaminhado sobre o atendimento das reivindicações, a categoria poderá deflagrar greve em abril.
"A nossa principal reivindicação é a incorporação de 100% do abono de R$ 540,00 ao vencimento-base que varia, de acordo com as faixas de classificação dos servidores, de R$ 670,00 a cerca de R$ 750,00", destacou Rubens Teixeira, informando que são cerca de 4 mil servidores públicos da Polícia Civil no Estado, cuja data-base transcorre em abril. "O Governo anunciou em 2012, à imprensa, que pretende incorporar 100% do abono em abril, agora", assinalou o sindicalista.
Reajuste - Os servidores também reivindicam 30% de reajuste salarial, elevação do valor do tíquete-alimentação dos atuais R$ 325,00 para R$ 750,00. "Esse valor permanece sem reajuste há anos", observou Rubens. Ele informou que a correção das diárias dos servidores é outra reivindicação da categoria. "O Dieese-PA vai calcular esse reajuste. Hoje uma diária é de R$ 135,00 e há mais de sete anos esse valor não é reajustado. Eu dou como exemplo o fato de que alguns policiais foram recentemente atuar em Altamira e cada um teve essa diária de R$ 135,00, sendo que só o hotel lá custava R$ 200,00 para cada policial", disse o presidente do Sindipol.
O plantão remunerado de 24 horas dos servidores tem o valor de R$ 180,00, e a cada mês são feitos oito plantões, ou seja, cerca de R$ 1.400,00 para cada policial. "Precisamos corrigir essa situação, porque ao invés de pagar o salário de um policial na faixa de R$ 3 mil líquidos, o Governo opta pelor valor mais baixo de R$ 1.400,00", afirmou Rubens Teixeira. Outra reivindicação dos policiais é a progressão funcional para os servidores de nível médio que há cerca de 12 anos (antes mesmos dos concursos públicos de nível superior para a Polícia Civil há seis anos) já não tinham essa prerrogativa.
Ainda ontem, segundo o presidente do Sindipol, a Sead anunciou que pretende negociar com os servidores na segunda quinzena deste mês. Mas os 300 servidores na assembleia de ontem decidiram negociar com o Governo até o final desta quinzena. "Depois disso, se não houver negociação, vamos entrar em estado de greve, e se nada for encaminhado em março a categoria poderá iniciar uma greve em abril", concluiu Rubens. (Amazônia – ORM)

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