POLICIAIS PODEM FAZER GREVE
Categoria pede incorporação de abono aos vencimentos básicos, mas se não houver
acordo o setor vai parar
Os servidores públicos da Polícia Civil, investigadores,
escrivães, papiloscopistas e téncnico-administrativos, se reuniram ontem à
noite em assembleia geral do Sindipol e decidiram um calendário de mobilização
da categoria para reivindicar do governo do Estado a incorporação do abono
salarial de R$ 540,00 ao vencimento-base e outras cláusulas econômicas. Como
informou o presidente do Sindipol, Rubens Teixeira, a intenção dos servidores é
se reunir com os técnicos do governo até o final da primeira quinzena deste
mês. Caso isso não ocorra, entrarão em estado de greve, e se até o final de
março nada for encaminhado sobre o atendimento das reivindicações, a categoria
poderá deflagrar greve em abril.
"A nossa principal reivindicação é a incorporação de
100% do abono de R$ 540,00 ao vencimento-base que varia, de acordo com as
faixas de classificação dos servidores, de R$ 670,00 a cerca de R$
750,00", destacou Rubens Teixeira, informando que são cerca de 4 mil
servidores públicos da Polícia Civil no Estado, cuja data-base transcorre em
abril. "O Governo anunciou em 2012, à imprensa, que pretende incorporar
100% do abono em abril, agora", assinalou o sindicalista.
Reajuste - Os servidores também reivindicam 30% de
reajuste salarial, elevação do valor do tíquete-alimentação dos atuais R$
325,00 para R$ 750,00. "Esse valor permanece sem reajuste há anos",
observou Rubens. Ele informou que a correção das diárias dos servidores é outra
reivindicação da categoria. "O Dieese-PA vai calcular esse reajuste. Hoje
uma diária é de R$ 135,00 e há mais de sete anos esse valor não é reajustado.
Eu dou como exemplo o fato de que alguns policiais foram recentemente atuar em
Altamira e cada um teve essa diária de R$ 135,00, sendo que só o hotel lá
custava R$ 200,00 para cada policial", disse o presidente do Sindipol.
O plantão remunerado de 24 horas dos servidores tem o valor
de R$ 180,00, e a cada mês são feitos oito plantões, ou seja, cerca de R$
1.400,00 para cada policial. "Precisamos corrigir essa situação, porque ao
invés de pagar o salário de um policial na faixa de R$ 3 mil líquidos, o
Governo opta pelor valor mais baixo de R$ 1.400,00", afirmou Rubens
Teixeira. Outra reivindicação dos policiais é a progressão funcional para os
servidores de nível médio que há cerca de 12 anos (antes mesmos dos concursos
públicos de nível superior para a Polícia Civil há seis anos) já não tinham
essa prerrogativa.
Ainda ontem, segundo o presidente do Sindipol, a Sead
anunciou que pretende negociar com os servidores na segunda quinzena deste mês.
Mas os 300 servidores na assembleia de ontem decidiram negociar com o Governo
até o final desta quinzena. "Depois disso, se não houver negociação, vamos
entrar em estado de greve, e se nada for encaminhado em março a categoria
poderá iniciar uma greve em abril", concluiu Rubens. (Amazônia – ORM)
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