PADILHA PEDE A RENAN QUE LIBERE MÉDICOS DO SENADO PARA
HOSPITAIS PÚBLICOS DE BRASÍLIA
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), vai estudar a possibilidade de ceder médicos do Senado para os
hospitais públicos do Distrito Federal. A sugestão de um convênio entre o
Senado e o Sistema Único de Saúde (SUS) foi feita nesta terça (26) pelo
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Como Renan pretende desativar o serviço médico ambulatorial
do Senado, o ministro solicitou que o quadro seja colocado à disposição do SUS.
Com isso, ficariam disponíveis médicos de várias especialidades como ginecologistas,
urologistas, psiquiatras, radiologistas e obstetras que poderiam atender nos
hospitais de Brasília.
“Vamos identificar esses serviços públicos na cidade de
Brasília que possam receber os profissionais de saúde, para que fiquem melhor
alocados podendo servir melhor a população brasileira. Esse é um gesto
importante do Senado, não só de corte de gastos, mas de pegar essa estrutura
que tem e colocar à disposição da população brasileira, em especial aqui no GDF
[governo do Distrito Federal]”, disse o ministro.
A proposta está em análise e ainda não há um acordo sobre o
assunto. Renan Calheiros anunciou, na última semana, que irá desativar o
serviço ambulatorial do Senado como uma das medidas de ajuste de gastos. Com
isso, ficou indefinida a situação dos médicos que atendem no ambulatório. Por
enquanto o que se sabe é que eles devem ser transferidos para outros setores da
Casa.
Alexandre Padilha e Renan Calheiros se encontraram pela
manhã para tratar de diversos temas relacionados à saúde. O ministro pediu
rapidez na aprovação do projeto de Lei de Responsabilidade Sanitária que prevê
metas para municípios, estados e União na área da saúde.
“Estabelece inclusive mecanismos de cobrança do cumprimento
dessas metas e de punição dos gestores que não cumprirem. Para nós, é um
projeto fundamental para a estrutura do SUS como ele é: um sistema de grande
complexidade. O desafio de buscar um sistema público universal tem que ser
construído nos três níveis de poder”, disse Padilha. (Edição: Aécio Amado)
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