PM ACUSADO DE MATAR JUÍZA É CONDENADO A MAIS DE 19 ANOS DE
PRISÃO
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em decisão tomada na noite de nesta terça
(16), o juiz Peterson Barroso Simão, do 3º Tribunal do Júri, condenou o cabo da
Polícia Militar (PM) Carlos Adilio Maciel Santos a 19 anos e seis meses de
prisão pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli. Do total da pena, 15 anos
serão cumpridos por homicídio triplamente qualificado e quatro anos e seis
meses por formação de quadrilha. Patrícia Acioli foi executada em 11 de agosto
de 2011 com 21 tiros quando chegava em casa em Niterói.
Com a decisão da Justiça do Rio, sobe para cinco o número de
PMs condenados pela morte da juíza. Além de Santos, o também cabo Sérgio Costa
Júnior, foi condenado a 21 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado (o
policial foi beneficiado com a redução de pena por ter feito acordo de delação
premiada); os policiais militares Jefferson de Araújo Miranda (26 anos de
prisão em regime fechado); Jovanis Falcão (25 anos e seis meses); e Junior
Cezar de Medeiros (22 anos e seis meses). Continue lendo...
Apesar de ter se declarado inocente ao ser interrogado pelo
juiz Peterson Barroso, os jurados consideram o cabo culpado por homicídio
triplamente qualificado e formação de quadrilha. Ele também perderá o cargo
público. A defesa anunciou que vai recorrer da decisão. Mais seis policiais,
dos 11 PMs acusados pela morte da juíza, aguardam julgamento.
Primeira das três testemunhas a depor, o delegado Felipe
Ettore, que investigou o crime, disse que todos os integrantes do Grupo de
Ações Táticas (GAT) – e não só o então comandante do 7º Batalhão da Polícia
Militar (BPM), Cláudio Oliveira, e o tenente Daniel Benitez – tinham interesse
na morte da juíza.
De acordo com o delegado, foi a partir da prisão de Carlos
Adílio, decretada pela juíza Patrícia Acioli, em junho de 2011, por auto de
resistência forjado, que os integrantes do GAT resolveram acelerar a execução
da magistrada. (Edição: Fábio Massalli)
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