DECRETO DE JATENE BENEFICIA A EMPRESA CANADENSE BRASAURO QUE
TEM COMO SÓCIO O EMPRESÁRIO LÍNCOLN SILVA
O governador Simão Jatene decretou na segunda-feira (15) a
proibição da atividade garimpeira na Área de Proteção Ambiental (APA) do
Tapajós, que é uma unidade de conservação federal, criada pelo Decreto sem
número de 13 de fevereiro de 2006.
Essa área fica nos municípios de Itaituba, Jacareacanga,
Novo Progresso e Trairão. Próxima a rodovia BR-163, é dividida pela Estrada do
Crepori (Transgarimpeira) em duas áreas: uma ao norte com 1.278.727 ha e outra
ao sul com 780.769 ha .
Para se ter uma ideia do que é a APA do Tapajós, ela simplesmente é a maior APA do Brasil em termos de área territorial e de recursos naturais. Até então explorada pela comunidade tradicional que sobrevive da atividade garimpeira em uma minúscula parte da gigantesca APA que agora o Governo Jatene quer entregar a Brasauro, empresa canadense.
Acontece que Brasauro Recursos Minerais prometeu investir 385 Milhões de
dólares no projeto Tocantinzinho, e hoje tenta expulsar as famílias tradicionais da área , pois a mina têm 60 toneladas de
ouro comprovado e o sonho desta empresa é levar esse ouro.
Estudos mostram também que há possibilidade de aumento desse filão ao longo da retirada, já se sabe inclusive que a mina terá vida útil de aproximadamente 12 anos, e
produzirá em média 4,9 toneladas de ouro ao ano, um negócio que a Brasauro quer papar sozinha.
A Brasauro Recursos Minerais é canadense com sócio brasileiro, que trabalha aqui para levar riquezas para outros cantos do mundo e dispõe de grandes investimentos, por isso o interesse do Governo Jatene em afastar o garimpeiro tradicional da área e entregar nossas riquezas nas mãos estrangeiros gulosos.
Área de exploração garimpeira que a Brasauro tenta explorar sozinha |
Milhares de cidadãos naquela região, sobrevivem da atividade garimpeira e deverão ficar sem trabalho. Esta semana o Blog do Jeso, entrevistou o Geólogo especialista nessa área de exploração de ouro, Jubal Cabral Filho - leia parte da entrevista:
Para o geólogo Jubal Cabral Filho, residente em Itaituba,
epicentro dos efeitos do decreto assinado pelo governador Simão Jatene na
segunda-feira (15) e que proíbe a atividade garimpeira “nos leitos e margens
dos tributários diretos e indiretos do rio Tapajós”, a decisão é “dúbia”.
- Em lugar nenhum do Brasil ou do mundo se faz um
ordenamento [desse tipo] através de decreto – crítica.
E avisa: reflexos econômicos dessa medida estarão logo logo
visíveis na região.
Veja quanta crueldade do Governador do Estado com o nosso povo sofrido, tentar retirar o sustento dessas famílias para entregar nas mãos de empresas estrangeiras, abandonando a própria sorte o povo que tem como sua fonte de sobrevivência o ofício de garimpagem.
Essas empresas exploram em grande escala, dinamitando barreiras, barrancos, explodindo florestas atrás do ouro que é simplesmente o que interessa para elas, depois que o minério acabar, vão simplesmente abandonar a desgraça, pois somos nós que vamos herdar o inferno construído por eles.
O que mais deixa o cidadão daquela região indignado é que o Vice Governador Helenilson Pontes é desta região e faz contas de que nada está acontecendo.
Mas fique certo leitor, a história há de julgar essas figuras que hoje trabalham contra o povo, nenhum governante por mais soberano que seja, consegue escapar do julgamento de seus atos... vamos ficar atentos para o futuro desses maléficos senhores.
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